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Cerca de cinco mil alunos retornam às salas de aula na próxima segunda-feira, dia 18, em Flores da Cunha. O ano letivo inicia tanto na rede municipal quanto na rede estadual de ensino. Os estudantes encontrarão escolas reformadas, um novo currículo escolar na rede municipal e falta de professores nas escolas estaduais. 
Os estudantes da rede municipal começarão o ano letivo com uma nova proposta pedagógica. Nesta sexta-feira, dia 15, os professores participam de uma formação continuada com enfoque na preparação para o novo currículo da rede municipal, que está adequado com o referencial da nova Base Nacional Comum Curricular. A nova proposta pedagógica começou a ser trabalhada em 2018 e será colocada em prática neste ano. O lançamento do novo currículo pedagógico está marcado para o dia 6 de março, quando será apresentado oficialmente para a comunidade escolar.

De acordo com a secretária de Educação, Cultura e Desporto, Ana Paula Zamboni Weber, a nova proposta pedagógica está focada no desenvolvimento de habilidades e competências, com uma reorganização dos conteúdos que são trabalhados atualmente, e abrangerá desde a educação infantil até o 9º ano do ensino fundamental. “A base curricular permitiu que conteúdos locais, conforme a realidade dos alunos e da cidade em que vivem, possam ser trabalhados em sala de aula”, explica a secretária. 

A partir deste ano, será trabalhado nas escolas municipais a educação patrimonial para os alunos do 3º ano, que já têm no currículo o estudo do município. Eles participarão de oficinas e projetos específicos, além de terem aprendizados sobre a imigração italiana junto ao Casarão dos Veronese. Outro foco abordado será a sustentabilidade, também para os alunos do 3º ano do ensino fundamental. “Vamos ter a nível municipal vivências sobre sustentabilidade no Parque São Francisco de Assis. O professor trabalhará o conteúdo em sala de aula e, em parceria com o Departamento de Meio Ambiente, os alunos poderão visitar o espaço e ter suas próprias experiências”, diz Ana Paula.
O novo currículo também contemplará as competências socioemocionais em sala de aula. Nos meses de março e abril os professores participarão de oficinas de formação sobre o assunto. As escolas receberão um material didático para subsídio e as competências serão trabalhadas com estudantes do 1º ao 9º ano do ensino fundamental. Cada ano escolar trabalhará uma competência diferente. Por exemplo, a comunicação assertiva, a cooperação, o trabalho em equipe, a empatia. “Isso faz parte da formação integral do ser humano e está previsto da LDB de 1996 e, agora, a nossa Base Nacional Comum Curricular prevê como conteúdo a ser trabalhado e como habilidade a ser desenvolvida com os alunos”, explica a secretária.

Reformas
Além das mudanças no currículo, durante o período de férias as escolas municipais receberam diversas obras de manutenção e consertos, além de trocas de equipamentos. A Escola Tancredo de Almeida Neves recebeu novos computadores para o laboratório de informática e a Escola São José ganhou um novo laboratório digital, com equipamentos doados pela Promotoria Pública. Já a Escola de Educação Infantil Santa Teresinha teve seu telhado trocado e o pátio completamente fechado, adequando o espaço para os dias mais frios. A Secretaria de Educação investiu cerca de R$ 100 mil nas obras de reformas e manutenções. Nesta semana, o transporte escolar também passou por uma vistoria. “Todas as escolas receberam uma manutenção e tiveram suas demandas atendidas. Assim, os alunos retornam às aulas com uma estrutura adequada e uma nova proposta pedagógica”, pontua a secretária de Educação, Cultura e Desporto, Ana Paula Zamboni Weber.
As escolas da rede estadual também passaram por reformas. Na Escola Professor Targa foram reformados os banheiros, a cozinha, o refeitório e a escadaria, além da troca de lâmpadas fluorescente por LEDs e pintura da área interna. “Não tínhamos uma reforma há algum tempo e a escola estava precisando de uma manutenção para melhor atender aos alunos”, explica a diretora da instituição, Andreia Pegoraro. 
Na maior escola do município, a Escola São Rafael, foram realizadas pinturas das salas de aulas e dos corredores, além da aquisição de dois novos bebedouros. A São Rafael atende a 885 alunos, tendo recebido neste ano 280 novos estudantes no 1º ano do ensino médio. Na Frei Caneca, foram feitas pinturas de quatro salas de aulas, com verbas do Conselho de Pais e Mestres (CPM). Já a Escola Antônio Soldatelli, no bairro Nova Roma, aguarda a liberação da Secretaria Estadual de Educação para a continuidade das obras de reformas – em 2018 a escola recebeu uma verba de R$ 150 mil do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) para reformar as salas de aulas que estavam interditas desde 2016 devido a um vendaval. “Tivemos uma sobra de R$ 50 mil desse valor e fizemos um aditivo para uma segunda etapa de reformas, que contemplaria a conclusão da pintura interna, o fechamento da cobertura entre os dois prédios e a troca do telhado da quadra”, explica a diretora do colégio, Jozeane Cristina Bergoli Klock. A previsão é que as obras da segunda etapa sejam liberadas nos próximos meses.
Outras escolas estaduais, como a Escola Pedro Cecconello, localizada em São Gotardo, e a Escola Horácio Borghetti, no bairro São Pedro, também realizaram obras de manutenção

Falta de professores
O ano letivo também começa com falta de professores em duas escolas estaduais de Flores da Cunha. Na Escola Estadual de Ensino Médio Frei Caneca há ausência de professores de Matemática e Língua Inglesa. E na Escola  Estadual de Ensino Médio São Rafael estão faltando professores de Matemática, Língua Portuguesa e Língua Inglesa. 
Conforme a coordenadora pedagógica do São Rafael, Neiva Zanatta, num primeiro momento os estudantes ficarão sem esses docentes, já que ainda está sendo realizado o processo de contratação. Nas demais escolas e na rede municipal de ensino o quadro de professores está completo.

Novas salas na creche
Quatro novas salas de aula serão construídas na Escola de Educação Infantil Irmã Tarcísia. O anúncio da ampliação foi feito na semana passada pela prefeitura municipal. O prédio, construído em 1991 e ampliado em 2002, comporta atualmente 10 salas de aula, e atende aproximadamente 160 alunos, de um a três anos. Com a construção de quatro salas de aula, o espaço ganhará 221 metros quadrados e assim deverá atender mais 70 crianças. O investimento será com recursos próprios do município, com orçamento estimado em R$ 319 mil. Também está em processo de avaliação a construção de outras quatro salas de aula, essas com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (Pró-Infância).