Alfredo Chaves: Alfredo à espera de uma paróquia
Igreja da localidade foi construída em 1924
Conforme os relatos do livro 125 Anos da Colonização do Travessão Alfredo Chaves, a localidade poderia ter sido sede de uma paróquia. “Desde os primórdios da colonização, os moradores preocuparam-se com a construção de uma capela. A primeira foi erguida sobre o lote colonial número 17, que na época pertencia a Jacob Pascoal Mengiere, ou Mangiari. Tal iniciativa fortaleceu a solidificação da vila de Nova Veneza, no entorno dos quatro cantos das colônias 15, 16, 17 e 18”, informa o livro.
A vila se organizou com a intenção de conseguir a autorização para o estabelecimento de um padre. Para os primórdios de 1890, já havia um intenso fluxo de viajantes que transitavam pela estrada que cortava o Travessão de Sul a Norte levando os imigrantes a Antônio Prado. Por isso, começaram a se estabelecer casas de negócios, próprias para o comércio com aqueles que por ali passavam.
Todavia, esta não era a única comunidade que esperava pelo estabelecimento de um padre. “Conta-se que no ano de 1892 a Vila de Nova Pádua conquistou a simpatia do Arcebispo para a fixação de um “Capelão” na localidade. Há quem diga que por algum infortúnio ocorrido com o padre que se estabelecia em Nova Veneza. Consequentemente, os moradores ressentiram-se com o fato, principalmente Domenico Battiston, proprietário da área pertencente à canônica e também comerciante. Com isso, tornou-se inviável a vinda de outro padre a poucos quilômetros da vila de Nova Pádua. Assim, Nova Veneza viu o sonho esmorecer e, por necessidade, resolveu solicitar aos governantes que, no local construído para ser a casa canônica, se estabelecesse uma escola. E assim foi”, relata a obra da localidade.
Igreja São João Batista - Alfredo Chaves
Nos primeiros meses do ano de 1923, os moradores do Travessão se reuniram para a construção de um novo templo. Em 21 de setembro de 1923 foi concedida a licença para a construção da nova igreja dentro dos critérios estabelecidos pela Mitra.
Em princípios de 1924, a comissão de construção da nova igreja, formada por Jacynto Bordin, Eugenio Reginatto, Antonio Bresolin, Caetano Sandri, Fidencio Centenaro e João Deboni contratou a equipe de Giovanni Debastiani, o “Nani Fermo”, para iniciar a edificação.
Em 1941, a diretoria da capela, formada por Girolamo Mioranza, Carlo Toscan e Henrique Scortegagna, propôs a construção de um campanário para abrigar o sino. Com a construção do novo campanário, no ano de 1941, 12 anos depois foi adquirido um conjunto de três novos sinos. Com isso, o antigo foi doado à Capela São Judas Tadeu, quando foi edificado o novo prédio em madeira.
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