Agricultores participam de estudo sobre agrotóxicos
Pesquisa desenvolvida por acadêmicos da FSG registra dados de produtores em 22 municípios, inclusive Flores da Cunha
Assim como agricultores de outras cidades do Rio Grande do Sul, os de Flores da Cunha devem fazer parte da pesquisa de campo realizada por alunos da Faculdade da Serra Gaúcha (FSG), de Caxias do Sul, em um projeto pioneiro que tem como questão de estudo analisar e avaliar a contaminação de agricultores no uso e manejo de agrotóxicos. O estudo completo deve ser concluído no final deste ano, passando por 22 municípios gaúchos.
Os acadêmicos dos cursos de Biomedicina e Educação Física analisam amostras de sangue, urina, medem a capacidade pulmonar e verificam as condições de saúde do trabalhador rural, seja ele das mais variadas culturas agrícolas – um verdadeiro check-up na saúde. Em Flores da Cunha, a realização dos exames será no dia 13 de agosto e os produtores interessados em participar podem se cadastrar junto ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Flores da Cunha e Nova Pádua. No total serão 100 atendimentos.
Iniciado no ano passado, o estudo que busca avaliar o grau de intoxicação já esteve em outros 16 municípios do Rio Grande do Sul. Em 2014 a pesquisa, que iniciou pela cidade de Vila Flores com 111 agricultores, recebeu o apoio de outros alunos e entidades como o STR de diversos municípios. De acordo com a professora Julia Poeta, do curso de Biomedicina, que atua como coordenadora da pesquisa com a professora Caroline Dias, de Educação Física, a iniciativa surgiu de uma atividade obrigatória da faculdade e depois foi ganhando aprofundamento. “Temos atividades práticas supervisionadas que a FSG desenvolve com seus alunos. Uma das estudantes é de Vila Flores e filha de agricultores. Com isso surgiu a ideia de analisar esses parâmetros dos defensivos nesta cidade. A iniciativa ganhou interesse”, conta Julia.
O levantamento tem ainda a colaboração dos professores Adriana Rodrigues e Cristian Roncada e é desenvolvido por uma equipe de 15 alunos dos cursos de Biomedicina e Educação Física. De acordo com o presidente do STR de Flores, Olir Schiavenin, o Sindicato recebe a inscrição dos produtores interessados em fazer parte do estudo. No município, a ação conta com o apoio do Hospital Fátima, do Conselho Municipal da Saúde e da Secretaria da Saúde. “É uma pesquisa que coloca a saúde do agricultor em primeiro lugar. Temos uma boa aceitação dos associados e é importante ver que eles estão preocupados em preservar a saúde. Teremos também orientações e cuidados com o uso dos agrotóxicos”, acrescenta Schiavenin.
Os resultados finais devem ser conhecidos no final do ano, quando os estudantes terão percorrido as 22 cidades. “O objetivo é avaliar esses perfis de trabalhadores. Não sabemos ao certo o que vamos encontrar. Alguns podem estar com tudo normal, pois essa exposição ao agrotóxico normalmente é um efeito crônico e vai se desenvolver ao longo dos anos”, adianta a professora.
Como participar
- Os agricultores interessados em participar como voluntários na pesquisa devem entrar em contato com o STR para fazer o cadastro informando o nome completo, data de nascimento e agrotóxico que mais utiliza na propriedade.
- Os exames serão realizados no dia 13 de agosto (quarta-feira) no auditório do Sindicato (Avenida 25 de Julho, 1.732, no Centro).
- Inscrições e mais informações pelo telefone 3292.7500.
Sobre o estudo
- Por meio dos Sindicatos Rurais das cidades, os agricultores se cadastram previamente para fazer parte das pesquisas. A equipe de estudantes realiza uma série de análises que detectam os perfis de cada trabalhador. Entre as principais observações está o perfil hepático (do fígado), hematológico (do sangue), colinesterase (enzima existente principalmente nas terminações nervosas e músculos), além do perfil toxicológico e as condições físicas do agricultor, com a aferição de peso, altura e medição de circunferência abdominal.
- Com isso, são coletadas amostras de sangue e urina e o agricultor é submetido a um teste de espirometria (que mede a quantidade de ar que um indivíduo é capaz de colocar para dentro e para fora dos pulmões e a velocidade com que o faz) para medir a capacidade pulmonar.
- Em cada cidade os alunos concluem a pesquisa com uma palestra informativa sobre o manuseio e os cuidados com os agrotóxicos. Os agricultores se mostraram interessados em participar da pesquisa, o que agregou ainda mais valor aos resultados que serão obtidos.
- Entre as primeiras impressões da pesquisa uma está diretamente associada ao dia a dia do agricultor, que sempre utilizou o agrotóxico: a idade de quando iniciam a vida na lavoura. A maioria deles começou a trabalhar com menos de 10 anos de idade.
Os acadêmicos dos cursos de Biomedicina e Educação Física analisam amostras de sangue, urina, medem a capacidade pulmonar e verificam as condições de saúde do trabalhador rural, seja ele das mais variadas culturas agrícolas – um verdadeiro check-up na saúde. Em Flores da Cunha, a realização dos exames será no dia 13 de agosto e os produtores interessados em participar podem se cadastrar junto ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Flores da Cunha e Nova Pádua. No total serão 100 atendimentos.
Iniciado no ano passado, o estudo que busca avaliar o grau de intoxicação já esteve em outros 16 municípios do Rio Grande do Sul. Em 2014 a pesquisa, que iniciou pela cidade de Vila Flores com 111 agricultores, recebeu o apoio de outros alunos e entidades como o STR de diversos municípios. De acordo com a professora Julia Poeta, do curso de Biomedicina, que atua como coordenadora da pesquisa com a professora Caroline Dias, de Educação Física, a iniciativa surgiu de uma atividade obrigatória da faculdade e depois foi ganhando aprofundamento. “Temos atividades práticas supervisionadas que a FSG desenvolve com seus alunos. Uma das estudantes é de Vila Flores e filha de agricultores. Com isso surgiu a ideia de analisar esses parâmetros dos defensivos nesta cidade. A iniciativa ganhou interesse”, conta Julia.
O levantamento tem ainda a colaboração dos professores Adriana Rodrigues e Cristian Roncada e é desenvolvido por uma equipe de 15 alunos dos cursos de Biomedicina e Educação Física. De acordo com o presidente do STR de Flores, Olir Schiavenin, o Sindicato recebe a inscrição dos produtores interessados em fazer parte do estudo. No município, a ação conta com o apoio do Hospital Fátima, do Conselho Municipal da Saúde e da Secretaria da Saúde. “É uma pesquisa que coloca a saúde do agricultor em primeiro lugar. Temos uma boa aceitação dos associados e é importante ver que eles estão preocupados em preservar a saúde. Teremos também orientações e cuidados com o uso dos agrotóxicos”, acrescenta Schiavenin.
Os resultados finais devem ser conhecidos no final do ano, quando os estudantes terão percorrido as 22 cidades. “O objetivo é avaliar esses perfis de trabalhadores. Não sabemos ao certo o que vamos encontrar. Alguns podem estar com tudo normal, pois essa exposição ao agrotóxico normalmente é um efeito crônico e vai se desenvolver ao longo dos anos”, adianta a professora.
Como participar
- Os agricultores interessados em participar como voluntários na pesquisa devem entrar em contato com o STR para fazer o cadastro informando o nome completo, data de nascimento e agrotóxico que mais utiliza na propriedade.
- Os exames serão realizados no dia 13 de agosto (quarta-feira) no auditório do Sindicato (Avenida 25 de Julho, 1.732, no Centro).
- Inscrições e mais informações pelo telefone 3292.7500.
Sobre o estudo
- Por meio dos Sindicatos Rurais das cidades, os agricultores se cadastram previamente para fazer parte das pesquisas. A equipe de estudantes realiza uma série de análises que detectam os perfis de cada trabalhador. Entre as principais observações está o perfil hepático (do fígado), hematológico (do sangue), colinesterase (enzima existente principalmente nas terminações nervosas e músculos), além do perfil toxicológico e as condições físicas do agricultor, com a aferição de peso, altura e medição de circunferência abdominal.
- Com isso, são coletadas amostras de sangue e urina e o agricultor é submetido a um teste de espirometria (que mede a quantidade de ar que um indivíduo é capaz de colocar para dentro e para fora dos pulmões e a velocidade com que o faz) para medir a capacidade pulmonar.
- Em cada cidade os alunos concluem a pesquisa com uma palestra informativa sobre o manuseio e os cuidados com os agrotóxicos. Os agricultores se mostraram interessados em participar da pesquisa, o que agregou ainda mais valor aos resultados que serão obtidos.
- Entre as primeiras impressões da pesquisa uma está diretamente associada ao dia a dia do agricultor, que sempre utilizou o agrotóxico: a idade de quando iniciam a vida na lavoura. A maioria deles começou a trabalhar com menos de 10 anos de idade.
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