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Agredido a tesouradas dentro da escola

Estudante sofreu vários cortes na cabeça e na mão direita. Golpes foram desferidos por colega

A Policia Civil de Flores da Cunha instaurou um procedimento de ato infracional (destinado a adolescentes menores de 18 anos) para apurar as circunstâncias em que ocorreu a agressão a um aluno em uma escola do município. O ato foi praticado por um colega de aula, de 12 anos, na tarde desta terça-feira, dia 6. A vítima, de 14 anos, sofreu lesões na cabeça e na mão direita e foi medicada no Hospital Fátima da cidade e liberada ainda no mesmo dia. Os dois alunos foram afastados da escola até o início da próxima semana. Conforme a mãe do garoto agredido (nome preservado), os cortes com a tesoura resultaram em 20 pontos na cabeça e nove na mão direita. Segundo ela, o menino tem dificuldades de movimentar a mão e, por causa disso, não tem condições de escrever, pelo menos para os próximos 15 dias. Os dois estudantes da 5ª série teriam se desentendido durante o horário de troca de professores, por volta das 15h. De acordo com o menino agredido (nome preservado), um outro colega de aula teria jogado bolinhas de papel em sua direção. Foi quando o adolescente infrator se incomodou e pediu para parar com a brincadeira, passando a agredi-lo com golpes de tesoura. Na tentativa de se defender, a vítima foi ferida também na mão. Os dois foram encaminhados à Polícia Civil e entregues aos pais ainda na terça, e a tesoura apreendida. Foi instaurado um Procedimento de Apuração de Ato Infracional (PAAI) que será encaminhado ao Ministério Público, órgão responsável por definir qual medida será aplicada ao adolescente apontado como autor da agressão. Conforme a mãe do garoto, a direção da escola pretende reunir os pais para buscar um desfecho para o caso. “Não tem condições de deixar os dois na mesma sala de aula”, diz.

Entrevista O Florense:Como foi que aconteceu a agressão? Vítima: Era no horário de troca de professores. A gente ia para a aula de educação física quando um outro colega jogou uma bolinha de papel em mim. Eu pedi para ele parar porque senão ia dar com o caderno na cabeça dele. Em seguida, eu estava saindo da sala quando senti ele me agredindo na cabeça. O Florense: Vocês já haviam discutido ou brigado antes? Vítima: Não, nunca, a gente brincava junto. O Florense: Por que você acha que ele fez isso? Vitima: Não sei, acho que ele tomou as dores porque eu disse para o outro colega parar de atirar papel em mim. O Florense: Onde ele pegou a tesoura? Vítima: Estava em cima da classe. O Florense: O que dá para tirar como lição deste fato? Vitima: Não tenho idéia, não sei o que vai acontecer.

Atos infracionais são comuns nas escolas A agressão sofrida por um aluno na escola do Loteamento Pérola nesta semana não é um fato isolado no meio educacional de Flores da Cunha. De acordo a titular da Delegacia de Polícia (DP) local, delegada Aline Martinelli, delitos desta ordem são corriqueiros, especialmente lesões corporais, furtos e ameaças. No caso ocorrido nesta terça-feira, a delegada destaca que foi instaurado um Procedimento de Apuração de Ato Infracional (PAAI), que pode resultar em medidas sócioeducativas ao responsável pela agressão. Violência sexual Outro fato que chamou a atenção da área policial foi uma tentativa de violência sexual contra um menino de quatro anos, ocorrido no final da tarde da última sexta-feira, dia 2, em São Gotardo. Segundo a delegada, o atentado violento ao pudor não se concretizou, no entanto, dois suspeitos do ato, um rapaz de 17 anos e um adolescente de 14 já foram ouvidos na DP, e também deve ser instaurado um PAAI. Aline, acrescenta ainda que pretende criar na DP de Flores uma sala especial para atendimento destas vítimas, que sofrem violência doméstica e nas escolas.
Adolescente precisou fazer 20 pontos na cabeça e nove na mão direita. - Na Hora / Antonio Coloda
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