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Acusado de matar sargento da Brigada Militar à paisana em 2007 é julgado no Fórum de Flores da Cunha

Segundo o Ministério Público, o gesseiro Valdir Garcia de Moura seria autor do homicídio de Luiz Ernesto Quadros Mazui, morto há seis anos no bairro Vindima

Teve início na manhã desta quinta-feira, dia 13 de março, o julgamento do gesseiro Valdir Garcia de Moura, acusado de matar a tiros o sargento da Brigada Militar (BM) de Flores da Cunha Luiz Ernesto Quadros Mazui. O crime aconteceu na noite de 26 de dezembro de 2007, no bairro Vindima. Além do gesseiro e de testemunhas, foi ouvido o filho de Moura, Júlio César, acusado de tentativa de homicídio.

Pai e filho, em depoimento, afirmaram que cerca de dois meses antes do ocorrido alguns policiais perseguiam um grupo de amigos do qual os filhos de Moura faziam parte. No dia 26 de dezembro de 2007, segundo os acusados, dois homens em uma motocicleta passaram constantemente em frente à residência da família. Um deles teria feito menção de estar armado.

De carro, pai e filho perseguiram a dupla até que os dois caíram da moto. Durante a perseguição Moura diz ter efetuado disparos para o alto para assustá-los. Pai e filho dizem ter voltado para casa depois disso. Os acusados disseram também que o sargento Quadros chegou com seu carro particular, à paisana e usando colete à prova de balas, na residência do bairro Vindima.

Quadros teria apertado o pescoço da esposa de Moura, a empurrado e chutado uma porta. Neste momento, segundo depoimentos dos acusados, Moura efetuou tiros para o alto e, no mesmo instante, policiais que acompanhavam o sargento e estavam no andar inferior da casa atiram para cima.

Moura ainda afirmou ter recebido mensagens ameaçadoras de policiais e ter registrado queixa para o Comando Regional da BM, em Caxias do Sul, seguindo orientações de um familiar que é policial militar em outra cidade. O promotor Stéfano Lobato Kaltbach atua na acusação do júri formado e presidido pela juíza Tânia Cristina Dresch Buttinger. O advogado Elenílson Balardin de Moraes defende os réus. A previsão é de que a sentença seja emitida até o final da tarde desta quinta-feira.

Leia aqui mais informações do caso também conhecido como empalamento, que resultou na condenação de PMs por tortura.


Júri é presidido pela juíza Tânia Buttinger. - Gesiele Lordes
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