A saúde em dois atos
O quarto encontro da 5ª edição do Ciclo de Palestras acontece na próxima segunda-feira, dia 15, no Espaço Cultural São José
A palestra iniciou com Leonilda Maria Pellin Rotta explanando sobre o Hospital Santa Terezinha, que pertencia ao médico Antonio Tássis González. Em 1946, Antônia Maccagnan (que por motivos particulares não pode comparecer na palestra) começou a trabalhar no hospital com Gentila Ulian e logo se tornou enfermeira chefe. "Dona Antônia fazia atendimentos domiciliares quando chamada. Ia a cavalo, de carroça para as colônias atender os pacientes", contou.
Segundo Maria, as enfermeiras moravam no hospital e ficavam à disposição do povo 24 horas por dia. "O Dr. González sempre foi muito inteligente, possuía uma ampla Biblioteca, onde passava horas lendo e se aperfeiçoando na profissão. Com autorização da família, depois da pessoa morta, ele tirava os órgãos para estudos sobre a possibilidade de cura de outras pessoas. Era um homem muito caridoso, generoso, ajudava muito os pobres, desde a roupa que usavam até o atendimento no hospital", frisou.
Na década de 1980, o Dr. González começou a adoecer e o hospital foi assumido pelos médicos Hildebrando Cardoso Pereira e Julio Martinez. Em 30 de junho de 1982 o Hospital Santa Terezinha foi desativado.
O segundo momento da palestra deteu-se sobre o Posto de Saúde, que a princípio, foi chamado Posto de Higiene. Conforme a palestrante Olga Baggio Sandri foi em 1954 que surgiu o primeiro posto do Município. "A princípio, quando o Dr. Antoninho não podia atender, quem atendia os doentes no Município era a Dona Antônia e a Irmã Benedita, que eram verdadeiras heroínas", destacou.
Já Odaly Falavigna Antoniazzi, que trabalhou como educadora sanitária, recordou as dificuldades enfrentadas no tratamento da tuberculose. "O tratamento de tuberculose demorava um ano e eram vários remédios. Hoje o tratamento é de 3 meses. Na década de 60, 70 demorava 3 meses para não transmitir mais a doença, hoje apenas 15 dias", disse.
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