Geral

Flores da Cunha é conhecida por suas vinícolas e vinhedos. Foi quando fechou as portas da vinícola da família que o florense Mauren Bassanessi passou a dar atenção à outra bebida: a cerveja artesanal, que importava e distribuía no Brasil. Então, o gosto pelo setor foi crescendo. Junto do amigo Elias Fiorese, Bassanesi fabricava sua própria cerveja em panelas. Quando outro amigo, Wagner Uliana, entrou na jogada, a brincadeira virou negócio e Flores pôde, enfim, dizer que é terra também da cerveja.
Fundada em 2012, a RoosteR Bier tornou-se pioneira no município com a fabricação da cerveja artesanal. “Vimos que o ramo da cerveja artesanal era um mercado em expansão e que aqui em Flores não havia nenhuma cervejaria. Em 2012, resolvemos abrir a empresa, porém a primeira brassagem ocorreu somente em 2013. Na época, produzíamos 2 mil litros por mês e a capacidade atual é de 11 mil litros”, diz um dos sócios, Wagner Uliana.
Hoje, são seis estilos produzidos: quatro o ano o todo (Pilsen, IPA, Weiss e Pale Ale) e duas sazonais – uma Witbier com Capim Limão e Limão Siciliano feita no verão e uma Bock para o inverno. Produzidas por um processo chamado de brassagem, técnica feita antes da fermentação da cerveja com a moagem do malte, elas são comercializadas em barris de 30 e 50 litros, Growler (Pet) 2 litros e garrafas de 600 ml.
A marca, que leva o galo no nome e no rótulo como uma forma de homenagear a cidade natal, sempre focou sua venda em barris para formaturas, casamentos aniversários, bares e eventos diversos. Com a pandemia e os bares e eventos impossibilitados, a empresa focou em embalagens menores. “Em 2020, tivemos uma redução de 35% das vendas e, em 2021, até o mês de março, a redução é de 60%”, revela Uliana.
Mesmo assim, o objetivo da RoosteR Bier é seguir se aprimorando. O próximo passo da empresa é aumentar a capacidade de envase: para atender a demanda de Growlers, as atuais 230 garrafas envasadas por dia virarão 920 a partir do mês de maio. “Acreditamos que a venda em Pet vai continuar em alta, mas creio que as vendas em barril só vão voltar a normalidade a partir de 2022”, projeta Uliana.