Geral

A precariedade dos asfaltos

“Em um futuro não muito distante estaremos fazendo mais reparos em pavimentos existentes do que novas obras”

A frase do secretário de Obras e Viação de Flores da Cunha, Lucas Carenhato, mostra a atual situação da precariedade dos asfaltos do município. E não é de hoje que os buracos e os desníveis nas ruas centrais da cidade incomodam os motoristas que trafegam por Flores da Cunha.
A última operação tapa-buracos, divulgada pela prefeitura, ocorreu em junho deste ano, mas alguns pontos arrumados na época, já estão com problemas novamente. É o caso da Avenida 25 de Julho, acesso Sul, próximo ao pórtico de entrada da cidade, onde desviar já entrou na rotina dos motoristas. O quebra-mola, lá existente, quase não se percebe mais, devido à tantos remendos. Outro ponto é no cruzamento das ruas Borges de Medeiros com Heitor Curra. 
Conforme Carenhato, existem dois fatores que causam a deterioração precoce do pavimento: o fato de o asfalto ter sido feito sobre o pavimento de paralelepípedo e a manutenção das redes subterrâneas de água e esgoto. 
A respeito da pavimentação sobre o paralelepípedo, Carenhato declara que “apesar de esta ser a solução mais viável e muito provavelmente continuará sendo utilizada, ela é muito eficiente para tráfego de veículos leves e médios. Porém, ainda ocorre muito tráfego de veículos pesados na área central da cidade e isso prejudica muito a camada asfáltica, já que a base não foi dimensionada para esta finalidade”, informa.
Já sobre a abertura de um buraco para manutenção, o secretário explica que “cria-se um ponto de entrada de umidade que, em períodos chuvosos como o que estamos passando, faz com que a camada asfáltica perca a aderência com a base, causando trincas e buracos constantes”.
A Secretaria de Obras tem previsão, para as próximas semanas, de uma operação de revitalização parcial dos pavimentos deteriorados – diferente de tapa-buracos. “Será realizado o processo de fresagem e posterior aplicação de nova camada asfáltica. Nesta etapa serão restaurados aproximadamente 3 mil metros quadrados de pavimento, e isso é só uma parte do que foi levantado pela equipe da Secretaria de Obras. Em um futuro não muito distante estaremos fazendo mais reparos em pavimentos existentes do que novas obras. Esta é uma realidade para a qual devemos nos preparar”, enfatiza Lucas.

Possíveis soluções
O secretário da pasta declara algumas possíveis soluções para amenizar os problemas. Uma delas seria criar áreas específicas para a circulação de veículos pesados – que precisa de um estudo mais aprofundado para que o resultado seja efetivo. “Enquanto isso, por parte dos motoristas, a única coisa que pode ser feita é evitar a circulação de veículos pesados na área urbana, principalmente nas vias centrais de maior movimento”.
Outra solução, que já está em andamento, conforme o secretário, é a implantação de novas redes e/ou revisão de drenagem e abastecimento de água antes de novas pavimentações para evitar manutenções futuras. “Estamos investindo bastante em obras de saneamento e reforçando junto à Corsan a necessidade de revisão das redes de água antes de realizar novas pavimentações. O mesmo acontece com os poços de abastecimento das associações comunitárias. É muito importante o engajamento de todos para aumentarmos a vida útil de nossas ruas e estradas”, finaliza. 
Quem visualizar uma falha no pavimento, seja asfalto ou paralelepípedo, é importante entrar em contato com a Secretaria de Obras para que seja possível identificar e programar a solução. O contato pode ser feito através do canal do WhatsApp (54) 9.9660.9937.

No centro da cidade, no cruzamento das ruas Borges de Medeiros e Heitor Curra.  - Gabriela Fiorio Um dos pontos precários da cidade, é na entrada do município,  próximo ao pórtico. - Gabriela Fiorio
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