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A internet a favor da agricultura

Censo Agropecuário aponta que 67,6% dos estabelecimentos agrícolas de Flores da Cunha possuem acesso à internet

A internet vem mudando o cotidiano das pessoas e empresas. E no interior não é diferente. De acordo com os dados do Censo Agropecuário divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais da metade dos estabelecimentos rurais de Flores da Cunha e Nova Pádua utilizam a internet como meio para se desenvolverem e obterem benefícios no meio rural.

O avanço tecnológico na área da agricultura contribui com diversas ferramentas que melhoram e ampliam os negócios. Conforme a secretária de Agricultura e Abastecimento de Flores da Cunha, Stella Pradella, a internet proporcionou mudanças satisfatórias nos últimos anos. “O acesso à informação de forma mais rápida faz com que os agricultores já apliquem o conhecimento adquirido nas suas propriedades”, adianta. De acordo com a Stella, muitos utilizam a tecnologia para saber a previsão do tempo, comprar produtos e maquinários e, principalmente, para realizar cursos online e aumentar seus negócios.

O chefe do escritório da Emater de Nova Pádua, Willian Heintze, salienta a importância da internet como canal de comunicação. “Hoje, através do WhatsApp, os agricultores conversam entre si e nos procuram para tirar dúvidas. Com uma foto ou um vídeo podemos identificar os problemas e auxiliar de forma mais eficaz na assistência técnica”, complementa Heintze.

 

Vantagem para o cliente e para o produtor

O acesso ao mundo virtual tem aumentado as expectativas do agricultor Jonas Andreazza, 37 anos, proprietário do Sítio Andreazza, localizado no distrito de Otávio Rocha. Formado na área do agronegócio, Jonas viu um benefício na internet para comercializar seus produtos – hidropônicos como radicci, rúcula e alface e brotos de alfafa, trevo e girassol.

As redes de relacionamento formam um ponto forte do empreendimento. Há aproximadamente três anos todos os pedidos são recebidos pelo aplicativo de mensagens WhatsApp e entregues pelo produtor diretamente ao cliente. “A intenção não era a venda pela internet, mas, na faculdade, começaram a aparecer pedidos e a ideia foi ganhando força, sendo amadurecida, e acabou que fomos ‘obrigados’ pelo meio em que vivemos a implementar o método de venda online, ou seja, pelo WhatsApp”, conta o produtor.

A internet auxiliou Jonas no desenvolvimento do seu trabalho e, por meio de grupos específicos, ele troca experiências, soluciona possíveis problemas nas suas plantações, além de divulgar como está o seu produto por fotos e vídeos. “A internet é uma ferramenta essencial para o meu negócio, porque ela se tornou vantajosa tanto para o cliente como para nós. Hoje só colhemos o que foi vendido, então não perdemos tempo na colheita e também não desperdiçamos alimentos. Importante, ainda, que o cliente só recebe o produto fresco”, valoriza o agricultor.

O próximo passo para Jonas é investir em outras redes sociais, como o Facebook e o Instagram e, no futuro, ter o seu próprio site, onde poderá agregar mais serviços e, além de comercializar seus produtos, dar sugestões de cardápios e receitas.

 

O jovem produtor Jonas Andreazza, de Otávio Rocha, utiliza a internet para comercializar hidropônicos e brotos. - Gabriela Fiorio
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