A Flores da Cunha que o italiano viu e gostou
Após um mês e meio de estágio em Flores, o enólogo italiano Simone Vicenzutti leva ótima impressão do povo e vinhos florenses
Aos 26 anos o enólogo Simone Vicenzutti deixou a pequena cidade de Udine, na região de Friuli-Venezia, ao nordeste da Itália, para imergir em um programa de estudos na Luiz Argenta Vinhos Finos, em Flores da Cunha. Há um mês e meio na cidade, já fez amizades, conheceu um pouco da cultura local e da região e, sobretudo, o vinho da Serra Gaúcha. “Antes eu conhecia muito pouco do Brasil, mas confesso que fiquei muito surpreso com a cidade, sem contar que todos falam italiano comigo. Senti-me em casa. Aqui é muito parecido com a Itália, inclusive as pessoas, a cultura e o clima”, enumera ele, afirmando que foi muito bem recebido pelos florenses e pelos paduenses. “Vou levar uma ótima impressão daqui (Flores) e do Piccolo Paradiso Italiano”, no último caso referindo-se à Nova Pádua.
Neste sábado, dia 24, Vicenzutti retorna para a Itália, onde irá acompanhar a safra 2012, que inicia no mês de junho. “Já tenho saudades. A vida aqui é muito linda, mais do que na Itália”, diz ele, que pretende voltar em breve para uma estadia mais prolongada. Segundo o jovem, a intenção é acompanhar uma safra completa aqui e, outra, quem sabe, na Alemanha, outro país que ele diz ter vontade de conhecer.
Experiência profissional
Apesar de conhecer bem o processo de elaboração de vinhos dos principais expoentes do setor vinícola, Vicenzutti ainda queria mais. Queria ter uma experiência em outro continente. “Primeiramente pensei na Austrália, na Argentina ou no Chile. Pedi uma dica a um professor da faculdade e ele me sugeriu o Brasil. Inicialmente fiquei surpreso com a indicação, pois os vinhos brasileiros não são conhecidos na Itália, já que os italianos têm o costume de fazer e consumir seu próprio vinho. Na França é a mesma coisa. Eles (os italianos e franceses) têm a mentalidade bastante fechada”, explica o jovem, ressaltando que não é assim e que deseja provar e conhecer um pouco de tudo.
O contato inicial foi feito entre o professor italiano e o enólogo da Luiz Argenta, Edegar Scortegagna, que cursou Enologia por quatro anos e meio e formou-se na mesma instituição que Vicenzutti. “Esse professor esteve aqui na vinícola há dois anos. Veio para conhecer o local onde eu trabalho e outras vinícolas da região. Percebendo as potencialidades das empresas e do vinho brasileiro, começou a indicar alunos italianos para possíveis estágios e troca de conhecimentos no Brasil”, completa Scortegagna.
Simone lembra que, embora não soubesse da tradição do Brasil, mais especificamente da Serra Gaúcha, no setor vitivinícola, ficou feliz com a ideia de poder conhecer e aprender sobre os vinhos tupiniquins. “O primeiro vinho que degustei por aqui foi o Chardonnay Gran Reserva da Luiz Argenta. Fiquei muito surpreso. Não pensava que um vinho daqui poderia ser tão parecido com um vinho italiano ou californiano”, afirma o jovem, que diz acreditar no potencial dos espumantes brasileiros.
A carreira
Apesar da pouca idade, o jovem traz na bagagem um considerável conhecimento com relação ao segmento vitivinícola. Ainda em Udine, cursou por seis anos um curso técnico de Enologia. Após a conclusão, passou a fazer estágios em vinícolas da região e, aos 20 anos, ingressou no curso superior de Enologia, no qual permaneceu por quatro anos e meio. Nesse tempo, conciliou a faculdade com os estágios em pequenas e grandes vinícolas da Itália e da França, na região de Bordeaux. Conforme diz, o objetivo era se especializar no processo de elaboração de vinhos tintos, bem como no trabalho com vinhedos.
O interesse pelo vinho foi natural, já que a região onde nasceu e mora é tradicional na vitivinicultura. Além disso, a família possui negócios na área do vinho. “Moro em uma região onde a produção de uva é como aqui. Somos da colônia e vemos vinhedos por todos os lados. Então, cresci no meio dos vinhedos. Por isso, a paixão pelo vinho foi inevitável”, considera o enólogo italiano.
Neste sábado, dia 24, Vicenzutti retorna para a Itália, onde irá acompanhar a safra 2012, que inicia no mês de junho. “Já tenho saudades. A vida aqui é muito linda, mais do que na Itália”, diz ele, que pretende voltar em breve para uma estadia mais prolongada. Segundo o jovem, a intenção é acompanhar uma safra completa aqui e, outra, quem sabe, na Alemanha, outro país que ele diz ter vontade de conhecer.
Experiência profissional
Apesar de conhecer bem o processo de elaboração de vinhos dos principais expoentes do setor vinícola, Vicenzutti ainda queria mais. Queria ter uma experiência em outro continente. “Primeiramente pensei na Austrália, na Argentina ou no Chile. Pedi uma dica a um professor da faculdade e ele me sugeriu o Brasil. Inicialmente fiquei surpreso com a indicação, pois os vinhos brasileiros não são conhecidos na Itália, já que os italianos têm o costume de fazer e consumir seu próprio vinho. Na França é a mesma coisa. Eles (os italianos e franceses) têm a mentalidade bastante fechada”, explica o jovem, ressaltando que não é assim e que deseja provar e conhecer um pouco de tudo.
O contato inicial foi feito entre o professor italiano e o enólogo da Luiz Argenta, Edegar Scortegagna, que cursou Enologia por quatro anos e meio e formou-se na mesma instituição que Vicenzutti. “Esse professor esteve aqui na vinícola há dois anos. Veio para conhecer o local onde eu trabalho e outras vinícolas da região. Percebendo as potencialidades das empresas e do vinho brasileiro, começou a indicar alunos italianos para possíveis estágios e troca de conhecimentos no Brasil”, completa Scortegagna.
Simone lembra que, embora não soubesse da tradição do Brasil, mais especificamente da Serra Gaúcha, no setor vitivinícola, ficou feliz com a ideia de poder conhecer e aprender sobre os vinhos tupiniquins. “O primeiro vinho que degustei por aqui foi o Chardonnay Gran Reserva da Luiz Argenta. Fiquei muito surpreso. Não pensava que um vinho daqui poderia ser tão parecido com um vinho italiano ou californiano”, afirma o jovem, que diz acreditar no potencial dos espumantes brasileiros.
A carreira
Apesar da pouca idade, o jovem traz na bagagem um considerável conhecimento com relação ao segmento vitivinícola. Ainda em Udine, cursou por seis anos um curso técnico de Enologia. Após a conclusão, passou a fazer estágios em vinícolas da região e, aos 20 anos, ingressou no curso superior de Enologia, no qual permaneceu por quatro anos e meio. Nesse tempo, conciliou a faculdade com os estágios em pequenas e grandes vinícolas da Itália e da França, na região de Bordeaux. Conforme diz, o objetivo era se especializar no processo de elaboração de vinhos tintos, bem como no trabalho com vinhedos.
O interesse pelo vinho foi natural, já que a região onde nasceu e mora é tradicional na vitivinicultura. Além disso, a família possui negócios na área do vinho. “Moro em uma região onde a produção de uva é como aqui. Somos da colônia e vemos vinhedos por todos os lados. Então, cresci no meio dos vinhedos. Por isso, a paixão pelo vinho foi inevitável”, considera o enólogo italiano.
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