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A estrada como profissão

Adriano Arcaro deixou a agricultura para tornar-se motorista de caminhão

Há cerca de dois anos, Adriano Arcaro, 23 anos, trocou a lida na agricultura pela boleia do caminhão. Morador de Nova Pádua, o jovem trabalhou na lavoura da família desde os 14 anos, até o dia em que o pai, Alexandre Arcaro, decidiu vender as terras para ser caminhoneiro. Novamente, Adriano resolveu seguir os passos do pai: deixou para trás as plantações de cebola, tomate, pimentão e uva para ganhar as estradas. “A intenção sempre foi essa. Meu sonho de criança era ser motorista de caminhão, mas eu não tinha como largar a propriedade. Tudo aconteceu no momento certo”, conta. Atualmente, ao volante de um bitruck, Arcaro transporta cargas de cebola para a empresa Comércio de Alimentos Menegat, de Nova Pádua. A rotina inclui viagens para a Central de Abastecimento (CEASA) de Porto Alegre e para o município de Porto Xavier, na fronteira com a Argentina.

Sobre o dia a dia no trabalho, o motorista revela que a adaptação foi tranquila – apesar de dirigir à noite e enfrentar alguns obstáculos nas rodovias, como os buracos no trecho entre Caxias do Sul, Farroupilha e São Vendelino. “Como eu sempre gostei, foi fácil me acostumar”, conta. O gosto pela profissão começou na infância, quando observava o pai dirigindo o caminhão utilizado na agricultura. “Eu via ele e tinha vontade de fazer o mesmo. Hoje, graças a Deus, sou motorista”, diz. Em suas viagens, o jovem conta com a companhia do rádio – com pen drives de música – e também de algumas guloseimas, como chocolate, refrigerante e salgadinho. “Eu esqueço os problemas, a melhor coisa é estar dentro do caminhão”, diz Arcaro, que está praticamente todos os dias na estrada. Sobre o futuro na atividade, o motorista almeja crescimento na área. “Eu quero sempre melhorar. Pretendo trabalhar na gerência de uma transportadora, mas tem que envolver caminhão”, afirma.

O caminhoneiro Adriano Arcaro seguiu os passos do pai.  - Bruna Marini
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