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À espera de mais sol

Colheita se inicia, mas viticultores aguardam melhora do tempo. Excesso de chuvas registrado no período de maturação da uva está prejudicando a qualidade da fruta.

Os primeiros cachos de uva da safra já começaram a chegar a vinícolas da região, depois de períodos de muita chuva, que acabaram prejudicando o desenvolvimento e comprometendo a qualidade da fruta. Mesmo assim, ‘a esperança é a última que morre’: produtores e lideranças do setor esperam por uma redução dos índices de precipitação pluviométrica, amenizando as perdas. “Estamos torcendo para que o tempo colabore”, para a fase de maturação das principais variedades, como a Isabel, diz o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flores da Cunha e de Nova Pádua e coordenador da Comissão Interestadual da Uva, Olir Schiavenin. A expectativa de uma cadeia produtiva inteira pode ser atendida, a considerar a previsão do clima para o Estado no período fevereiro-abril, emitida por 8º Distrito do Instituto Nacional de Meteorologia e Centro de Pesquisas e Previsões Meteorológicas da Universidade Federal de Pelotas. O prognóstico para fevereiro é de chuva pouco abaixo do normal na maior parte do Estado, e de padrão próximo ao normal nos meses de março e abril. O estudo, a propósito, confirma que na primeira quinzena de janeiro as precipitações ficaram próximas ao padrão climatológico no Sul e Sudeste do Estado, mas acima da média nas demais regiões – em algumas áreas, como Santa Maria e Alegrete, muito acima. Depois de um período de brotação – no inverno, rigoroso – bastante promissor, as condições climáticas (a freqüência de chuvas, a alta umidade e a ausência de sol) foram desfavoráveis nas fases seguintes. O secretário de Agricultura e Abastecimento de Flores da Cunha, Jair Carlin, é um dos que torce por uma ‘virada’, com dias ensolarados de agora em diante, para que o resultado para os viticultores seja revertido. “Hoje dá para dizer que a qualidade não é muito boa”, afirma. A chefe do escritório da Emater/RS-Ascar de Nova Pádua, engenheira agrônoma Sandra Maria Dalmina, assinala que, com o excesso de chuva, os viticultores reforçaram a aplicação de tratamentos nos parreirais, a fim de controlar as doenças fúngicas da videira. Além das constantes chuvas, muitos agricultores sofreram perdas com a queda de parreirais e intempéries, ressalta Olir Schiavenin. De acordo com ele, na região vitivinícola da Serra, foram cerca de 400 hectares atingidos – grande parte deles em Mato Perso, Otávio Rocha e Travessão Carvalho, em Flores da Cunha, prejudicados pelo temporal na região registrado no início de dezembro último.
 - Na Hora / Antonio Coloda
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