A dedicação e o cuidado com as ovelhas
Colono e Motorista: Os borregos e carneiros da família Gasparetto são repletos de títulos
Uma paixão que pode ser vista no afeto entre Luiz Marcelo Gasparetto, 50 anos, e suas ovelhas. Um cuidado que passou para seus filhos, Alex e Leonardo, e hoje, os três tomam conta de mais de 160 animais na localidade de São Vitor, no distrito de Mato Perso, numa propriedade de 20 hectares, onde também se produz uva.
Em 1988 ele ganhou de presente sua primeira ovelha, e o amor por ela só cresceu, aumentando também a criação. “Fui aprendendo e gostando de ter o contato com as ovelhas. Comecei a falar com criadores que começaram a me auxiliar e hoje estou aonde estou: participando de feiras e mostrando a qualidade dos meus animais”, declara.
Em 2004, Gasparetto realizou o registro da Cabanha São Roque e de todas as ovelhas para iniciar o trabalho em feiras e concursos. Os animais criados por ele são da raça Ile de France. “Em 2010 ganhei meu primeiro prêmio, um segundo lugar, e não parei mais. Todos os anos, alguma premiação vem. E isso é o resultado de muita dedicação e cuidado”.
Gasparetto conta que para levar um borrego ou carneiro para as feiras, principalmente a Expointer, que é a de maior visibilidade, o trabalho deve ser iniciado um ano antes. “Em animal que vai à exposição gastamos em média R$ 1.500, desde técnico, documentação, exames e principalmente na ração”, explica. Já os animais de campo não têm todo esse gasto, até porque vivem mais soltos, no pasto, para se adaptar em qualquer lugar. “Esse ano foi muito frustrante, pois como a Expointer foi cancelada, foi um trabalho e uma dedicação que não será vista”, lamenta. Além do mais, os negócios que eram fechados nas feiras, não vão acontecer. “Tínhamos muitas chances de ganhar esse ano. E o valor que podíamos obter com a venda de um animal com medalha é muito maior do que vamos vender agora”, diz.
O processo para 2021 já está começando. “Vamos começar a escolher em torno de 10 animais – os geneticamente melhores – e treinar, além de colocar, em novembro, alguns para acasalamento. Só esperamos que o ano que vem tudo volte ao normal, porque se não vai ser muito difícil”.
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