A construção de uma narrativa
Artista Alessandra Pauletti foi selecionada para integrar projetos e exposições de arte internacionais
Ela faz café enquanto conversa de um jeito calmo sobre suas inspirações artísticas. Conta que em mais de 10 anos no meio artístico, tudo serviu e serve como referência, e faz destas suas inspirações nas telas e na vida. Ela mostra sua obra que, aparentemente despretensiosa, ganhou o mundo. Alessandra Pauletti, 38 anos, foi selecionada para integrar o time de artistas de diversas partes do mundo para colaborar com o projeto Arte que Salva, internacionalmente reconhecido.
Alessandra conheceu o projeto por meio das redes sociais há uns três anos. Desde então, veio acompanhando o trabalho e acreditando ainda mais no poder da arte para salvar vidas. “O projeto me encantou e eu comecei a me informar para tentar uma inscrição. Mesmo sem apostar que seria selecionada, tinha um desejo enorme de poder contribuir de alguma forma”, enfatiza.
Ela então foi avisada que estava entre os artistas selecionados a contribuir com arte, para mais uma edição do projeto que beneficiaria comunidades carentes em alguma parte do mundo. Este ano, os recursos do Arte que Salva serão destinados para crianças do Níger, na Nigéria, no continente africano. “Será uma realização como artista e como pessoa, fazer a minha arte e reverter isso em recursos para crianças que precisam.”
Alessandra aguarda em seu atelier, que fica junto à casa em Nova Pádua, um pedaço de lona de tela, pintado pelas crianças do Níger, e que ela terá que complementar e criar uma obra de arte. A peça será enviada à Flórida, nos Estados Unidos, para ser leiloada com outras obras de artistas selecionados. Em 2017, a ação contemplou uma comunidade do Maranguape, no Ceará. Para conhecer mais sobre o projeto e acompanhar a participação da artista, acesse facebook.com/arthatsaves.
Degrau por degrau
Autodidata, Alessandra começou a pintar em tecidos, ainda adolescente, e após adulta fez curso de pintura com Dalva Belló, de desenho com Rafael Dambrós, oficinas com Jaqueline Pauletti e uma oficina de criação com Silvana Boone. Apesar da aparente calmaria da artista, inquietação passa a defini-la quando está em processo de criação. “Sempre penso que o trabalho deve ter significado, que vai depender da interpretação de quem vê, mas também fazer refletir”, conta, falando em seus estudos na filosofia e mestres da arte. No momento a artista também trabalha em uma nova série, que traz elementos reconhecidos na sua produção, como o feminino e a dualidade, sempre consciente de que a sabedoria nasce do questionamento, e tendo como palavra de ordem a ‘busca’.
Outras mostras
Alessandra começou expondo suas séries, sempre com a presença marcante do feminino, no Museu e Arquivo Histórico Pedro Rossi de Flores da Cunha, e participando de ações em Nova Pádua. Este ano, além do Arte que Salva, a artista foi selecionada para outras duas mostras. Uma delas será em Paris (França), no mês de outubro, mas ainda não pode contar detalhes. “Estou produzindo esse material inédito, mas logo mais poderei divulgar mais”, destaca. A outra ação ocorrerá em maio, no Salão Internacional da Assembleia Legislativa, onde dois quadros assinados por ela concorrem a honrarias com outras obras. Alessandra conta com a curadoria da artista visual Jaqueline Pauletti.
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