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A arte e a religiosidade dos presépios

Espaços montados nesta época do ano por comunidades florenses e paduenses revivem o nascimento de Jesus

Reviver a história do nascimento de Jesus, resgatando o verdadeiro sentido do Natal, é o objetivo de montar o presépio. Assim define a irmã Clara, Clarissa Capuchinha do Mosteiro Nossa Senhora do Brasil, em Flores da Cunha. Todos os anos o Mosteiro recebe visitantes que apreciam o capricho dos detalhes no presépio feito pelas religiosas. Em Flores da Cunha o hábito também une comunidades, como os distritos de Otávio Rocha e Mato Perso, além da vizinha Nova Pádua.

Há anos o presépio do Mosteiro é montado nesta época, mas nos últimos três anos ele ganhou destaque porque é feito no jardim de entrada. A exposição ao ar livre só foi possível após a doação das peças mais resistentes à ação do clima. “O presépio é uma maneira importante de visualizarmos a história do nascimento de Jesus”, destaca irmã Clara, que entre as 11 religiosas é a responsável pela elaboração da representação. “Cada detalhe é pensado para manter a originalidade, e para isso são utilizados materiais naturais sem agredir a natureza”, frisa.

Madeira, pinhas, palha, água, grãos e pedras são alguns dos itens utilizados. Este ano, além da cena composta pela Sagrada Família, Reis Magos, animais, anjo e estrela, faz parte uma pequena cidade em miniatura para representar o cenário como um todo. Segundo a clarissa, a tradição do presépio sempre será mantida por elas devido a sua origem em São Francisco de Assis.

O primeiro presépio que se tem conhecimento data de 1223, produzido na cidade de Gréccio, na Itália, onde São Francisco teria representado a história do nascimento de Jesus na noite de Natal. A simplicidade do local é significativa para reflexão de valores como humildade sem se apegar aos bens materiais. Na época, o ato de São Francisco reascendeu a fé do povo – é esta a esperança em remontar presépios a cada ano.


 - Fotos Larissa Verdi
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