Geral

“Vamos, juntos, construir uma caminhada de fé, amor e caridade”

Novo pároco de Flores da Cunha, Frei André Audibert, destaca a importância de trabalhar em comunidade para retomar os projetos no pós-pandemia, além de planejar novos

Na noite da sexta-feira, dia 19, a Igreja Matriz Nossa Senhora de Lourdes serviu de cenário para a cerimônia de posse do novo pároco de Flores da Cunha. Frei André Audibert, que já residia na cidade e era vigário desde 2019, assumiu o cargo antes ocupado por Frei Edson Cecchin, que passa a acumular as funções de guardião, ecônomo e coordenador do Eremitério Frei Salvador.
A celebração foi presidida pelo Bispo Diocesano dom José Gislon, diante do qual Audibert renovou as promessas sacerdotais e recebeu o livro dos Santos Evangelhos, a Estola Sacerdotal e a Chave do Sacrário. “Agradeço muito pela acolhida e tenho certeza que, juntos, em comunidade, faremos um belo trabalho. Agradeço a Deus pelas graças recebidas e por ter tantas pessoas maravilhosas ao longo da minha vocação. ‘Fazei tudo que Ele vos disser’, este foi o tema da minha ordenação, então fazemos tudo aquilo que Deus nos pede para fazer em nossa missão, em nossa caminhada”, afirmou na noite em que se tornou o novo pároco.  
De acordo com Audibert, agora que o seminário irá acolher os freis de idade – uma espécie de casa de saúde – houve a necessidade de um frei ficar diretamente ligado à paróquia, por isso das alterações de cargo. No entanto, no que diz respeito à forma de trabalho adotada pelo novo pároco, esta seguirá a mesma linha. “Eu e o Edson sempre planejamos juntos toda a questão pastoral de Flores da Cunha, então vamos dar continuidade aos trabalhos e aos projetos que ele apresentou à comunidade, porque eu ajudei a montá-los também”, destaca André, ao mesmo tempo em que reforça que muitos desses projetos tiveram que ser adiados por conta da pandemia e, agora, o desafio é a retomada das atividades, sempre com muita responsabilidade. 
“Nós estamos priorizando as visitas aos doentes, as bênçãos das casas, as celebrações das missas nos enterros. Estamos tentando dar mais assistência espiritual e religiosa, porque na nossa caminhada nunca pensamos em ter que barrar as pessoas para não entrarem na igreja. Eu nunca pensei na minha vida que iria acontecer isso de ter que fechar as portas da igreja”, lamenta o frei, que também explica que, para o próximo ano, a paróquia pretende conversar com representantes das 34 comunidades florenses, com o intuito de identificar a realidade de cada uma para realização de um trabalho pastoral mais intenso, pós-pandemia.
“Nós queremos passar comunidade por comunidade, sentir como estão, ver os planos, os desafios, as dificuldades e a realidade das festas. Será feita uma pesquisa, porque temos que trabalhar junto com as comunidades e cada uma tem uma realidade diferente”, pontua o pároco, que pretende continuar com ações como a visita de Nossa Senhora da Uva, que está percorrendo as localidades e levando esperança aos moradores. 
Em relação às novidades da paróquia, André ressalta que seu gosto pela música se fará presente nelas. “Já tínhamos um projeto, antes do início da pandemia, onde iríamos abordar o cantar a missa, o rezar junto com o canto. Iniciamos o curso de violão e de teclado e pretendemos retomar agora, na medida do possível, porque a música é algo fundamental dentro das nossas celebrações. Esse é um projeto que eu gosto muito e quero retomar junto à comunidade, para agregar cada vez mais”, finaliza o padre com a expectativa de cantar com o coração e a alma, trazendo esse espírito para os florenses. 

Quem é André Audibert?
Filho de Alcir e Irma Audibert, André Audibert nasceu em 3 de julho de 1979, em Farroupilha. O irmão de Alexandre Audibert optou pela vida religiosa logo cedo. André estudava no Colégio Nossa Senhora de Lourdes e participava da semana vocacional, na qual freis e professores trabalhavam a religião, e, em um questionário que preencheu durante a atividade, assinalou que gostaria de ser padre. 
Aos 13 anos, um religioso visitou sua casa e o convidou para ingressar no seminário. Por ser muito jovem, ele tinha dúvidas e, para saná-las, participou de encontros vocacionais por quatro anos. Passado esse período, em 1997, André ingressou no seminário na cidade de Ipê e dois anos depois foi a Ijuí. Também estudou no seminário de Caxias do Sul e fez o noviciado em Pelotas, no sul do estado.
Devido ao gosto pela música, André, durante sua formação, foi professor de música em Vila Flores. Ele também cursou Filosofia, em Santa Maria, e concluiu seu estágio pastoral em Lagoa Vermelha. Em 2008 iniciou os cursos de Teologia e de Música, na capital Porto Alegre, onde trabalhava pastoralmente. No ano seguinte realizou seus votos perpétuos e tornou-se frei.
Em 2013 foi transferido para Ibiraiaras. Já em março de 2014, ordenou-se diácono e, em outubro do mesmo ano, padre. Em 2015 tornou-se pároco de Ibiraiaras e, em 2019, chegou a Flores da Cunha.

O novo pároco do município, Frei André Audibert, assumiu o cargo com alegria e compromisso em seguir sua missão.  - Karine Bergozza
Compartilhe esta notícia:

Outras Notícias:

0 Comentários

Deixe o Seu Comentário