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“Precisamos achar outro ponto de equilíbrio para conseguirmos viver de uma forma melhor”

A fala do novo presidente do Centro Empresarial de Flores da Cunha, Gilberto Boscato, remete as ações pós-pandemia, onde as empresas precisam encontrar maturidade e uma nova forma de trabalhar

Gilberto Boscato foi eleito, por unanimidade, presidente do Centro Empresarial de Flores da Cunha para a gestão 2022/2023. A Assembleia foi realizada no dia 2, com a presença dos Conselhos Deliberativo, Fiscal e diretoria executiva. O empresário do setor têxtil, Elias Biondo, que atua hoje como diretor da entidade, será o vice-presidente. Miguel Mazzoco, Débora Viapiana e Francinei Bulla permanecem como diretores e três novos nomes complementam a equipe da diretoria executiva: os empresários, Décio Demoliner e Ronaldo Boniatti, e o contador, Marcelo Costa.A nova diretoria assume no dia 1º de janeiro de 2022.
O Jornal O Florense entrevistou o novo presidente sobre os desafios e expectativas da gestão e você confere a entrevista, na íntegra, abaixo. O conteúdo também pode ser visto em vídeo através do OF TV, no Youtube, Facebook e Instagram de O Florense. 

O Florense: Você ingressou no Centro Empresarial em 2014, nas Câmaras Setoriais e, após, na diretoria da entidade. Como foi a sua trajetória? 
Gilberto Boscato: Eu iniciei no Centro Empresarial através de um convite do Vanderlei Dondé e do Tiago Paviani, entrando na Câmara da Indústria. A partir daí, desenvolvi as atividades, que por sinal são muito fortes, muito atuantes, e depois fui convidado, na gestão do Tiago Paviani, a ser vice-presidente. Temos por tradição ir preparando o próximo presidente. Então é importante que ele venha caminhando dentro do Centro Empresarial, tendo conhecimento, devido à estrutura e sua complexidade, para depois assumir o cargo mais importante. 

OF: O Centro Empresarial tem um olhar voltado ao Senai, à profissionalização. Teremos a inauguração da escola, no dia 15, que é uma conquista de muitas diretorias. Quais são os desafios para o próximo ano tendo, agora, essa estrutura pronta?
Boscato: A busca da escola do Senai vem de várias administrações, porque Flores da Cunha tem um centro de empresas que contribuem muito para o Sistema S. Então, notamos que uma grande quantidade de dinheiro que saia de Flores da Cunha neste sistema tinha um retorno muito pequeno. Se precisássemos de cursos melhores, tínhamos que ir para Antônio Prado ou Caxias do Sul. E diante disso, bons alunos daqui que iam para as outras cidades não voltavam mais. Então, dentro da nossa necessidade de mão de obra qualificada, essa busca pela escola foi intensa sempre. Qual é a expectativa? Que consigamos treinar e formar técnicos em todas as áreas. Porque se olharmos hoje para países desenvolvidos, a área de técnicos é muito ampla, e o Brasil está carente nesta área. Então temos uma visão da importância do técnico em todos os ramos de atividades. E o desafio maior é que consigamos ser um polo inovador, além daqueles que já existem do Senai. A ideia é buscar novos cursos, já temos tratativas com a direção do Senai para criar cursos inexistentes em todo o país e, com isso, que consigamos dar um salto na busca de mão de obra, que é uma grande necessidade de Flores da Cunha. 

OF: Qual é a expectativa, no ramo das indústrias e das empresas que são associadas, para o próximo ano?
Boscato: A fase principal, não só da indústria, mas de toda a população a partir desta pandemia, que se fizermos alguns paralelos ela tem efeitos iguais aos de uma guerra mundial, é encontrar um ponto de equilíbrio para todos, principalmente para as empresas, pois todos passam pela indústria, comércio e serviços, que são os aspectos econômicos da sociedade. Então estamos buscando pontos para conseguir um equilíbrio, uma maturidade e uma nova forma de trabalhar também. Nós não podemos querer voltar ao que era antes, porque nunca mais vai existir, nós precisamos achar outro ponto de equilíbrio para conseguir viver de uma forma melhor. 
 
OF: Boscato, podemos atrelar esta sua fala para os próximos dois anos da sua gestão dentro do CE? Porque os empresários sempre buscam na entidade cursos e capacitações para conseguir melhorar suas empresas.
Boscato: Com certeza iremos continuar promovendo. Esse é um eixo da entidade que consegue agregar desde as pequenas empresas, podendo levar sempre algo a mais, uma instrução maior, cursos que fazem com que a empresa tenha uma estrutura melhor, que enxergue uma forma diferente de trabalhar. Então quando temos vários níveis de empresas, tentamos disseminar todas as novas técnicas e formas de trabalhar em todos os meios empresariais. 

OF: O CE faz parte de vários conselhos municipais e atua com o Consepro também. Isso permanecerá?
Boscato: Com certeza. Como o Centro Empresarial agrega várias empresas de todos os ramos, temos uma missão de melhorar a comunidade. Nosso foco, em todos esses comitês que participamos, esses outros braços da entidade, serão com opinião e pesquisa com dados. Queremos participar ativamente e cobrar para sempre melhorarmos.  O Centro Empresarial, ao passar dos anos, adquiriu uma credibilidade muito grande. Então temos uma responsabilidade em todos os pontos que atuamos, e vamos manter isso. 

OF: Tens algo de novo que projeta nesta sua caminhada à frente do Centro Empresarial?
Boscato: São vários projetos que queremos continuar, principalmente o da escola e, dentro deste, tem outro projeto que é de extrema importância: nós temos um município muito rico e notamos que estamos com dificuldades de trazer mão de obra de fora para cá, porque o custo imobiliário é muito grande. Então têm pessoas que viriam pelo salário, mas não teriam onde morar. Por isso, estamos preparando um estudo, junto com o poder público e todas as forças do município, para tentar amenizar isso. Seria um conjunto de preparação e possibilidade de viver em Flores da Cunha. Nós precisamos ser um polo atrativo de mão de obra, através de oportunidade, desenvolvimento, vanguarda, isso também atrai mão de obra em todos os níveis, por isso precisa de uma atenção maior ainda. 

Quem é Gilberto Boscato
Gilberto Boscato iniciou sua trajetória na entidade em 2014, como diretor de indústria, na gestão do presidente Vanderlei Dondé (2014/2015). Na gestão seguinte, do presidente Tiago Paviani (2016/2017), assumiu a vice-presidência, permanecendo até a atual, conduzida pelo empresário Alessandro Cavagnolli. Boscato é formado em administração de empresas e marketing pela UCS e é pós-graduado em finanças pela USP. Foi gerente do Branco do Brasil por mais de 30 anos e diretor comercial da Plastiline. Hoje, está à frente da Boscato Assessoria, e presta consultorias para empresas na área administrativa e financeira.

Gilberto Boscato. - Tatiana Cavagnoli/ Divulgação
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