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Cavagnoli e Sonda: um balanço dos quatro anos de mandato

Após dois mandatos à frente do Executivo de Nova Pádua, o prefeito Ivo João Sonda deixa a prefeitura no próximo dia 31 de dezembro com a sensação do dever cumprido. Sobre as obras realizadas nesse segundo mandato, Sonda destaca os 11 km construídos nas capelas do interior do Município. Sobre o que não chegou a ser feito, o prefeito aponta a construção da nova prefeitura e da Casa da Cultura.

Após dois mandatos à frente do Executivo de Nova Pádua, o prefeito Ivo João Sonda deixa a prefeitura no próximo dia 31 de dezembro com a sensação do dever cumprido. Sobre as obras realizadas nesse segundo mandato, Sonda destaca os 11 km construídos nas capelas do interior do Município. Sobre o que não chegou a ser feito, o prefeito aponta a construção da nova prefeitura e da Casa da Cultura. Em entrevista ao O Florense, concedida nesta semana, Sonda faz uma avaliação dos últimos quatro anos à frente da prefeitura e deixa claro que a carreira política se encerra aqui. Agora, o prefeito pretende curtir os momentos com sua família. Porém, antes de entregar o cargo, Sonda ainda irá inaugurar o asfaltamento da via que liga o município ao Travessão Bonito. Abaixo confira a entrevista. O Florense: Qual a avaliação que o senhor faz do seu segundo mandato como prefeito? Ivo Sonda: Procuramos evoluir cada vez mais. Nós tivemos um orçamento melhor, mais dinheiro para fazer mais obras. Tínhamos projetado construir a prefeitura, mas em vista do pedido dos agricultores pelo asfalto na colônia, deixamos. Fizemos quase 11 quilômetros de asfalto e temos mais um resto de dinheiro que será investido no Parque dos Peixes. Não sei se vai dar para terminar a obra, mas o dinheiro vai estar em caixa e vamos encaminhar tudo direitinho. Gostaríamos de ter feito mais. Ficamos um pouco sentidos que não conseguimos fazer asfalto na Divisa (Travessão Divisa). O pessoal pediu ou todo ou nada, então deixamos assim. Acredito que a nova administração consiga realizar o sonho deles também, como de tantas outras capelas. Para nós foi um trabalho muito importante essa administração, porque cada vez a gente aprende sempre mais. O povo de Nova Pádua é um povo que trabalha, luta, se empenha. Por isso, a gente tem obrigação maior de fazer um bom trabalho. Fizemos novos projetos dos aviários, que dão um retorno grande ao Muncípio. Encaminhamos um projeto para a Câmara de Vereadores que foi aprovado para dar suporte para quem quer construir, reformar. Na agricultura estamos dando 50% de desconto em todo o serviço de máquina. Tudo o que precisa é gratuito. Na educação, nós estamos dando o transporte gratuito em todo o Município. Pagamos o transporte universitário e 10% da despesa da universidade para todos os alunos. Fomos contemplados em 2006 com o título na educação infantil. Então, sempre falo que isso é trabalho de toda a comunidade. Na saúde, procuramos fazer sempre o possível. Temos convênio com o hospital de Flores e de Caxias. Levamos pacientes para Porto Alegre. Agora adquirimos mais um veículo, com doze lugares. Sabe-se que todos os remédios não é possível dar, mas o que foi possível sempre fizemos, como atendimento em casa. Os trabalhos grandes são esses aí. Isso graças ao trabalho do povo de Nova Pádua. Sabe-se que tudo é de melhor não se consegue sempre, porque estamos limitados, devido às leis. Mas, felizmente, procuramos fazer o melhor para atender bem nossa comunidade. O Florense: Como o senhor encontrou a prefeitura e como vai entregá-la para o próximo prefeito? Sonda: Nós encontramos a prefeitura bem. Tinha um pouquinho de dinheiro. Nós começamos a trabalhar o equipamento de máquina. Não estava ruim, mas melhoramos. Nós também vamos deixar dinheiro, não saberia hoje quanto porque vai entrar até o fim do mês. Mas, vai ficar dinheiro em caixa. Arrumamos os tratores, os caminhões, compramos caçambas novas para entregar para a próxima administração. Um equipamento mais ou menos em dia para que possam trabalhar. O Florense: Qual foi a prioridade desse governo? Sonda: A prioridade mesmo foi em todo o sentido eu diria. Tínhamos prometido a Casa da Cultura, mas como não tínhamos um terreno para construir aqui na cidade, não aconteceu. Agora compramos seis terrenos próximos, onde vai poder ser construída a Casa da Cultura, e outras obras. E a prefeitura, que tinha o projeto, mas não quis começar porque se eu começasse iam dizer que eu quis fazer como eu queria. Então, o prefeito que assumir, se entender que deve fazer a prefeitura, tem o projeto pronto e tudo para começar a dar andamento. Sempre priorizamos tudo. A agricultura, a educação, a saúde e as obras. Como disse, 11 km de asflato, o que não é fácil. Em todos os outros municípios é cobrada uma parte dos moradores. Nós não cobramos nada de ninguém. É tudo, tudo o município que paga. Então, na verdade, damos mais prioridade para o asfalto. Mas, atendemos em todas as outras áreas. O Florense: Quais foram as principais realizações nesses quatro anos? Sonda: Em termos de obras fizemos melhorias no Posto de Saúde, calefação na Escola Municipal, asfalto no Belvedere Sonda, no Curuzu, no Paredes, agora sábado, dia 27, será inaugurado o asfalto no Bonito. E já está tudo certo com dinheiro reservado para o Pesque e Pague. Fizemos a praça, foi um custo de quase R$ 200 mil. Não teria como dizer quanta brita foi investida, mas foi o bastante para ajudar a comunidade. O que mais foi investido foi em asfalto. O Florense: Se o senhor tivesse que realizar uma última obra ou ação, o que faria? Sonda: A prefeitura, sem sombra de dúvida. Porque o projeto está todo pronto. O Florense: Daquilo que o senhor havia proposto a executar durante o mandato, quanto por cento foi feito e o que ficou para trás? Sonda: Eu diria o seguinte: ficou para trás do prometido a Casa da Cultura. Essa foi uma promessa que foi feita, mas não deu porque não tínhamos uma área de terra. Mas, não tínhamos prometido asfalto e fizemos. Compramos um terreno que teve a escritura assinada semana passada onde poderá ser feita a Casa. Num acesso fácil, porque quero dizer que o Posto de Saúde é um bonito posto, mas onde foi construído não era o lugar. Pela dificuldade que as pessoas têm de chegar. Acho que foi feito, com certeza, uns 90% do prometido, principalmente na agricultura. Mesmo estando limitados - 25% na educação, 15% na saúde e mais ou menos 30% na folha de pagamento. Então tem de ver o que sobra. É preciso ter jogo de cintura para poder fazer o que foi feito. Os quase 11km de asfaltos deram quase R$ 5 milhões. Tira fora 70% do orçamento que já está destinado e fazer aquilo lá (refere-se ao asfalto) tem que ser administrado regulamente bem, senão não é possível. O Florense: O senhor acha que teve alguma área que podia ter sido mais investida? Sonda: Se fosse ter recursos, em todas. A gente faz uma reunião: tem quanto dinheiro nessa área, então tem que ser feito isso, isso e isso. Sempre foi controlado. O Florense: Em 2005, quando o senhor assumiu a prefeitura optou por um secretariado pequeno, que acumulasse várias pastas. Acha que isso foi a melhor escolha ou acabou prejudicando em algo? Sonda: Foi boa porque nós aproveitamos todas as pessoas que estavam aqui. Só que o pessoal, às vezes, não percebe isso. Foi feita uma economia a cada mês. Esse é o detalhe. Claro que tem secretarias que são complicadas, porque não é fácil encontrar pessoas. Sempre aproveitamos gente daqui e com isso diminuímos o gasto mensal em torno de R$ 15 mil a R$ 20 mil. Isso tem gente que não sabe, mas se tivéssemos contratado pessoal de fora, esses outros estavam aqui e ganhavam a mesma coisa. Então, sempre optamos por gastar o menos possível em torno de funcionário. Saíram vários funcionários e não preenchemos vagas porque dava para fazer o mesmo. Acho que reduzimos dez funcionários. A redução dos gastos foi muito alta. O Florense: O que o senhor pretende fazer assim que deixar a prefeitura? Planos para a política novamente? Sonda: Não, a carreira política de Ivo Sonda encerra aqui. Eu acho que fiz a minha parte, porque estou na política desde 1972, quando entrei como vereador. Sempre participei, estive envolvido.Vou agora cuidar da minha família. Ficar um pouco em Nova Pádua, um pouco em Flores. Cuidar dos meus netos, são 14. Vou ficar com a família. Pegar a 'nona' (refere-se a esposa) viajar, porque eu adoro viajar. Temos casa na praia, ir para lá passear. A vida da família é muito legal, por isso não podemos nos distanciar. O Florense: O que o senhor espera da nova administração? Sonda: Espero que tenham muito sucesso. Estou almejando para ele muito bom trabalho. Tem que ter vontade. Claro que eu sempre digo que para ter uma boa administração na política tem que ser um bom empresário. A experiência, o estudo, são fundamentais, mas a escola da vida também. Eles são dois caras jovens, têm boas intenções. Talvez um pouco de visão, é preciso enxergar um pouco além. Acredito que eles devem ter alguém que ajude para fazer a máquina andar. E se precisar de algum conselho eu posso ajudar e faço com muita alegria, mesmo sendo meu adversário, mas ser adversário político não tem nada a ver que a gente não possa dar uma mão. Espero que façam um bom governo. O Florense: Uma mensagem que o senhor deixa para o povo de Nova Pádua. Sonda: Quero agradecer de coração a todos de Nova Pádua e a muita gente de fora também. Tenho uma amizade muito grande com as pessoas de fora, mas tem que dizer em especial de Nova Pádua. A todos muito obrigado por tudo que me ajudaram, que me orientaram. Que a nova administração tenha muito sucesso. Desejo a todos um santo Natal e um Ano Novo cheio de alegrias e que as famílias sempre procurem ter paz em casa. Obrigado Nova Pádua, aos funcionários da prefeitura, aos secretários e toda a equipe. Peço desculpas por algumas coisas, porque gosto das coisas certas. Nova Pádua muito obrigado! Espero continuar no meio do povo para brincar, sorrir e viver junto.
<i>Ivo Sonda deixa pronto projeto da nova sede da prefeitura.</i> - Danúbia Otobelli
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