Beleza a perder de vista
Vários festivais de arte, teatro, jogos e danças folclóricas, além das tradicionais gaitas de foles. Tudo isso reunido em um mesmo lugar: Escócia, especificamente em Edimburgo e Glasgow. O país é espetacular no que se refere a cultura.
Vários festivais de arte, teatro, jogos e danças folclóricas, além das tradicionais gaitas de foles. Tudo isso reunido em um mesmo lugar: Escócia, especificamente em Edimburgo e Glasgow.
O país é espetacular no que se refere a cultura. No entanto, são as paisagens bucólicas das highlands, com castelos, lagos, ovelhas e casinhas brancas perdidas entre uma montanha e outra, que encantam os visitantes à primeira vista. Agosto é um dos melhores meses para visitar a Escócia, não só pelas temperaturas mais amenas do verão.
Localizadas nas planícies das lowlands, tanto Glasgow como Edimburgo não ficam muito distantes da divisa com a Inglaterra. Na capital Edimburgo, a vida artística e cultural é muito intensa, com 17 festivais acontecendo todos os anos. Nas três últimas semanas de agosto, o International Festival reúne representantes da dança, teatro e ópera do mundo todo. No mesmo período, acontece o Fringe Festival, que esse ano vai ter mais de 18 mil artistas, num total de dois mil espetáculos acontecendo em teatros, escolas, praças e qualquer outro canto que estiver disponível.
Dessas apresentações, 350 serão gratuitas e tendo em vista o extenso programa, também acontecerão as tradicionais promoções dois espetáculos pelo preço de um. Como se isso já não fosse o suficiente, também há o Military Tattoo, que reúne bandas militares formadas por tambores e gaitas de foles da Escócia e outros países, como Canadá, Austrália e África do Sul, em frente ao Castelo de Edimburgo.
O nome não tem relação alguma com “tatuagem”, mas acredita-se que sua origem esteja ligada a palavras usadas no século XVII para anunciar a hora de fechar os pubs. Como o grito vinha acompanhado de batidas de tambor, daí vem a relação com as bandas militares.
O centro histórico de Edimburgo se concentra em torno da Royal Mile, formada a partir da junção de quatro ruas antigas, que eram o principal acesso ao Castelo. Caminhar pela Royal Mile é uma atração em si só, tantos são os prédios antigos, igrejas medievais e museus nela localizados. Infelizmente, em meio às lojas tradicionais de kilts (saiotes escoceses) há muitas outras de souvenirs baratos.
Lá pode-se encontrar, por exemplo, corpete e mini saia de tartan (tecido de lã xadrez que identifica as famílias escocesas) sendo vendido como traje típico. A título de curiosidade, antes do surgimento dos kilts, os tartans eram usados pelos camponeses das terras altas enrolado ao corpo como um cobertor, para se proteger do frio.
Entre esse e outros absurdos, nas lojinhas da Royal Mile encontram-se kilts de poliéster feitos na China, bonecos da Nessie, o monstro do lago Ness, e tudo o que se pode imaginar em tartan, de calcinhas a panos de prato. Enquanto as autoridades fingem não ouvir as reclamações de muitos alfaiates, que estão fechando as portas de seus negócios centenários, as lojas de souvenir continuam a prosperar, empestando o centro histórico da capital.
Em Glasgow, mais moderna e de passado industrial, isso também acontece, mas não salta tanto aos olhos como em Edimburgo.Localizada próxima da costa oeste, tem ótimos museus, galerias de arte, parques e é ponto de partida ideal para visitar os lugares mais pitorescos das terras altas.
O maior festival de bandas de gaitas de foles, o World Pipe Band Championship, acontece todos os anos e atrai centenas de bandas do mundo inteiro. O ano passado, uma bandeira do Brasil sinalizava a presença da banda brasileira Scottish Link, vinda de São Paulo.
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