Expressões

Um novo olhar para o ser, o pensar e o sentir diferentes

Médica e escritora, Francine Schiavenin Veadrigo, autografa ‘A menina que não cabia’. Atividade ocorre na Almanaque Cultural e integra as comemorações de aniversário da livraria

Setembro está sendo cheio de atividades especiais na Almanaque Cultural Livros e Revistas. É que neste mês completam quatro anos que o empreendimento está sob a direção de Sandreli Berner  Marteninghi, de 40 anos, por isso, desde o dia 1º, a programação está diferente por lá.
“Nesses quatro anos sinto que meu propósito maior de abrir as portas para o mundo da leitura se concretizou. Foi um período de muito desafio e aprendizagem, tanto para manter a livraria aberta, quanto pela troca de ideias com pessoas que gostam e fomentam este universo do livro”, analisa Sandi, prospectando, para os próximos anos, que a livraria seja referência na cidade. 
E é justamente para isso que ela trabalha, desde sempre, oferecendo meios de aproximar a leitura das pessoas. “Neste mês também haverá o lançamento do livro póstumo de Flávio Luis Ferrarini, ‘Bento Bandini – Encare seus medos’ com algumas turmas da Escola Francisco Zilli e a intervenção da Yasmin Fortunatti, uma das ilustradoras, que trabalha na Almanaque; haverá encontro com um grupo de leitura que existe há algum tempo na livraria e debateremos sobre o livro ‘A Criança Interior’, de Stefanie Stahl”, adianta a proprietária. 
Outra atividade que promete movimentar o endereço cultural é o lançamento e sessão de autógrafos do livro ‘A menina que não cabia’, da escritora e médica com especialização em Medicina de Família e Comunidade e em Terapia Familiar Sistêmica, Francine Schiavenin Veadrigo, que ocorrerá no próximo sábado, dia 23, das 9h às 12h. 
Natural da comunidade de São Roque, em Flores da Cunha, há 13 anos Francine (atualmente com 33 anos) trocou a terra natal para estudar na capital gaúcha, mas carregou consigo o gosto pela literatura, adquirido ainda na infância quando brincava de escolinha com as irmãs Fabiane e Fernanda e lembra de passar horas imaginando histórias. Inspirações que, somadas às da vida adulta, dariam forma ao seu livro.
“O nascimento da minha primeira filha, Bianca, foi um momento muito importante da minha vida, onde pude me reencontrar comigo mesma, após anos buscando uma validação externa. Foi a partir disso que busquei o autoconhecimento, a espiritualidade e percebi o quanto isso é importante na vida das pessoas. A ideia do livro é passar para as crianças a segurança em identificar e validar o que sentem, desde pequenos, sem esperar que isso venha de um lugar externo. A obra fala sobre autoconhecimento, sobre a importância de identificarmos e validarmos os nossos sentimentos. Contrariando a ideia que nos é colocada de que precisamos nos encaixar, caber ou nos moldar a um padrão de comportamento, principalmente na infância, o livro traz um novo olhar para o ser, o pensar e o sentir diferentes”, detalhe Francine sobre sua publicação.
A autora explica que ‘A menina que não cabia’ parte dessa inquietação e gira entorno da história da menina Aurora, que está crescendo e começa a perceber que pensa um pouco diferente. Valente e com espírito aventureiro, ela vai em busca do que faz sentido para ela, mesmo sem saber, inicialmente, muito bem o porquê. “Muitas vezes, como pais ou cuidadores, ensinamos nossas crianças a se comportarem com padrões pré-prontos. Inevitavelmente, é comum esses padrões serem familiares e que passemos adiante, geração após geração. Porém, se ao invés da resposta pronta, pudéssemos proporcionar aos nossos filhos uma jornada de autoconhecimento? Quais ferramentas seriam necessárias para que cada criança pudesse trilhar seu caminho de maneira única, principalmente o caminho interno, das emoções?”, essa é a reflexão que a médica procura trazer em sua obra. 
O livro possui 24 páginas e foi editado pela Editora Cassol que, através de uma das proprietárias, Gisella Cassol, iniciou um projeto chamado Escola de Escritores e foi por meio dele que Francine conseguiu realizar seu sonho e publicar o primeiro livro. “Uma curiosidade é que no mesmo período em que estava escrevendo o livro fiquei grávida da minha segunda filha, a Ísis, que nasceu na metade de fevereiro. Brinco que gerei dois filhos ao mesmo tempo!”, risos. 
‘A menina que não cabia’ pode ser adquirida diretamente no site da Editora Cassol e da Amazon ao valor de R$ 48,50. A partir do dia 23 o livro também será encontrado na Almanaque Cultural. “Vir a Flores da Cunha para autografar é a realização de um sonho, bem como poder estar entre familiares e amigos mostrando a minha obra”, reforça Francine, convidando a comunidade para comparecer ao evento. 

Francine Schiavenin Veadrigo com suas maiores inspirações: as filhas Ísis e Bianca. - Arquivo Pessoal/ Divulgação
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