Expressões

Cubo Escape Games: Do videogame para a vida real

O empreendimento dos florenses, Pablo Ferrarini e Luis Henrique Garibaldi, vem conquistando o coração de pessoas de todas as idades

Desde julho, o município de Flores da Cunha passou a contar com o Cubo Escape Games, um espaço dedicado ao entretenimento e que possibilitou que o sonho de muitos fãs de videogames, em fazer parte da história, se tornasse realidade. 
Para quem nunca ouviu falar, Escape Game nada mais é do que uma sala de fuga, um jogo de equipe em que os participantes se sentem parte da história. É preciso realizar uma série de atividades para que, no final, o mistério seja desvendado. Justamente por isso, as salas do local são projetadas para os jogos serem disputados em grupo, pois exige um trabalho coletivo.
A ideia de abrir uma sala de jogos surgiu após os florenses, Pablo Ferrarini, de 32 anos, e Luis Henrique Garibaldi, de 23 anos, terem jogado em um desses espaços. A experiência, somada a falta de entretenimento na cidade, fez com que os dois amigos se unissem ainda mais para que o projeto se tornasse realidade.
Foi por meio do trabalho em equipe, ou melhor, em dupla, que surgiram as duas salas do Cubo Escape Games: ‘Santuário do Mar’ e ‘Caminhos da Insanidade’. Conforme os sócios, as tarefas das salas foram pensadas e elaboradas em conjunto. Enquanto Pablo dificultava as atividades, Luis pensava ‘fora da caixa’ e facilitava um pouquinho. “Em um mês nós elaboramos e montamos as duas salas. Foi um mês em tempo integral, começávamos de manhã e parávamos de noite, às vezes íamos até às 23h. Quando montamos elas, aí fomos madrugada adentro testando, vinham nossos amigos testar. O primeiro jogo durou 2h15min”, lembram, ao mesmo tempo em que explicam que a atividade não pode se estender por duas horas e que, por isso, precisaram fazer alguns ajustes. “Mastigamos algumas coisas, tiramos alguns quebra-cabeças e adaptamos para outra sala”, relatam, completando que todos esses testes foram realizados para que 90% dos grupos que jogarem consigam finalizar a atividade dentro de uma hora, que é o tempo estimado.
Para que os grupos encerrem os desafios dentro do tempo proposto, Pablo e Luiz orientam que as equipes joguem com, no mínimo, três pessoas e, no máximo, seis. “Essa quantidade de jogadores a gente recomenda, principalmente, para o pessoal que nunca jogou porque tem coisas que precisam de mais gente por ter muitos itens escondidos e jogando em um, não vai perceber muito do que está escondido, vai acabar perdendo tempo com algo que talvez não seja ideal”, relatam, informando que as equipes que jogam em três integrantes, como primeira escape, geralmente não conseguem concluir. “O problema de vir em dois é que, se nunca jogou, não vai conseguir passar nas salas, vai ficar frustrado e não vai gostar, a gente não quer passar essa experiência ruim para as pessoas, por isso indicamos o número de jogadores, mas não é proibido jogar em dois, tanto é que a gente criou exceções e já jogaram em mais também”, revelam.
Além das salas, ‘Santuário do Mar’ e ‘Caminhos da Insanidade’, os sócios-proprietários estão trabalhando na montagem de uma terceira, ‘A Arte da Fuga’, que tem previsão de ser finalizada no próximo mês, e já tem equipes ansiosas esperando para estrear.
Apesar de muitos ainda desconhecerem esse formato de entretenimento, o empreendimento vem recebendo público de todas as idades, de diversas cidades e estados. A dupla também revela que muitos, por não conhecerem a brincadeira, tem mais receio de participar e que, por esse motivo, a maioria que frequenta o local já tem alguma experiência com escape games. “A maioria do nosso público atual são os que já conhecem, alguns poucos vieram e conheceram, poucas pessoas foram a primeira escape aqui, mas as pessoas que vieram como primeira vez adoraram”, relatam os sócios, ao mesmo tempo em que informam que já receberam pessoas de Bento Gonçalves, Santa Maria e São Paulo, e que, logo, logo, receberão um grupo de Santa Catarina.
Pablo e Luiz detalham que as salas são muito intuitivas e as equipes iniciam um pouco perdidas, mas, a partir do momento que começam a mexer nos objetos, as salas vão levando para o caminho certo e o que parecia impossível leva para o caminho do possível.
Os sócios-proprietários também explicam que a partir do momento em que as equipes chegam para jogar, elas são apresentadas às regras e conhecem parte da história que terão que desvendar. “A equipe tem direito a três dicas no meio dessa 1h de jogo e sempre que todo mundo erguer o braço – nós ficamos monitorando por câmeras e ouvindo tudo que conversam lá dentro, o tempo inteiro – a gente entende que eles querem uma dica, a partir do momento que usarem uma dica, eles precisam passar da etapa que estão no momento e essa dica só contabiliza quando eles terminarem de concluir essa etapa, então pode ser que a gente venha a interromper mais que uma vez o jogo”, explicam, informando que o grupo não escuta o que está acontecendo fora da sala.
Por ser um jogo de interação com outras pessoas, além de diversão a prática traz alguns benefícios, como o trabalho em equipe, raciocínio lógico, liderança e comunicação. Os jovens relatam que por meio desta atividade também é possível conhecer o perfil de cada uma das pessoas que está jogando.
Apesar de ser algo novo, os sócios já têm a expectativa de, no futuro, quem sabe, ampliar as salas interativas para eventos de fim de ano, aniversários, datas comemorativas e até para empresas, uma vez que é possível, por meio da atividade, conhecer melhor a personalidade das pessoas. 
O empreendimento atende todos os dias, inclusive aos fins de semana, por meio de agendamentos que podem ser realizados pelo Instagram @cuboescapegames e pelo WhatsApp (54) 9.9926.1679. Os valores variam entre R$ 60 e R$ 50, dependendo da quantidade de pessoas.
 

Em um mês, os sócios Pablo Ferrarini e Luis Henrique Garibaldi elaboraram as salas ‘Santuário do Mar’ e ‘Caminhos da Insanidade’. - Valdinéia Tosetto
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