Expressões

Artesanato: resgate cultural e valorização do que é produzido aqui

Associação dos Artesãos de Flores da Cunha comemora 25 anos da loja, localizada na Avenida 25 de Julho

O que começou como um grupo de artesãos que foi convidado para expor seus produtos na oitava edição da Fenavindima, em 1995, logo se tornou a Associação dos Artesãos de Flores da Cunha. Dos 27 anos de fundação, comemorados em 2022, 25 deles são na loja denominada Espaço Arte e Artesanato, localizada na Avenida 25 de Julho, ao lado do Museu e Arquivo Histórico Pedro Rossi.
Clarici Scalcon Balzan, de 54 anos, que é uma das sócias ativas desde o início, lembra que a entidade chegou a ter um local de exposição dentro do Museu, mas, dois anos depois da criação, ganhou o espaço que serve como sede até os dias de hoje. “Quando terminou a Fenavindima, esse grupo entendeu que poderia continuar. Este espaço, então, foi reformado, pois não tinha muita utilidade, por ser apenas um depósito, e foi transformado na loja para exposição dos produtos dos artesãos, sendo inaugurado em outubro de 1997”, lembra a artesã, que produz junto com a mãe, peças em crochê, macramê e bordados.
Há 11 anos como associada, Realda Guaresi Mascarello, 64 anos, é a atual presidente da entidade, e explica que os objetivos principais da associação são de fortalecer as vendas das produções dos artesãos florenses e resgatar ideias, técnicas, cores e pensamentos com as confecções. “A importância do artesanato é de manter viva a cultura dos nossos antepassados, que hoje muitas técnicas já estão em extinção, mas nós, atualmente, ainda temos”, pontua, ao mesmo tempo em que menciona um projeto criado em parceria com a empresa Florense e com a designer Katia Kayser, para preservar e perpetuar as técnicas artesanais. 
Na loja Espaço Arte e Artesanato podem ser encontrados desde lembrancinhas com símbolos da cidade até utensílios e objetos de decoração para a casa. De produtos em madeira e ferro a peças elaboradas com materiais recicláveis, acessórios que já foram, até, exportados. “Sempre que turistas ou a população florense e de cidades vizinhas necessitam de algum presente ou querem levar alguma coisa que represente a cidade, eles nos procuram aqui, compram, mandam, levam, usam, elogiam, pedem os contatos dos artesãos”, destaca Rita Mari Scalcon, 60 anos, que é tesoureira da associação, revelando que aprendeu crochê com a mãe, quando ainda era pequena, técnica que utiliza até hoje para confeccionar suas peças, além dos panos que pinta manualmente, ambas produções que podem ser adquiridas no espaço. “Os nossos sócios trazem todos os produtos com etiquetas, que sinalizam a composição da peça e o seu código de artesão. A gente vende, fica com um percentual, e uma mensalidade é cobrada para a associação poder se sustentar”, esclarece Rita, sobre o modo de operação.
Questionada sobre o que os visitantes mais procuram na loja, ela responde: “Coisas que não quebram e que não ocupam muito espaço nas malas, como lembrancinhas pequenas, com dizeres e símbolos da cidade, objetos que representam o galo, canecas de porcelana com pintura de uvas, sacolas retornáveis, panos de prato com o nome da cidade. Tem muita gente que compra uma garrafa de vinho e coloca uma lembrancinha junto para dizer ‘veio lá de Flores da Cunha’”, enaltece, orgulhosa.
Para se tornar associada à entidade, a pessoa precisa residir em Flores da Cunha, possuir a Carteira de Artesão e os documentos pessoais. O cadastro pode ser feito diretamente na loja Espaço Arte e Artesanato, que atende de segunda a sexta-feira, das 13h45min às 17h45min, e aos sábados, das 9h às 11h30min e das 13h30min às 17h. Mais informações pelo contato (54) 9.9628.2616 (com Realda).

Com suas produções em mãos, Rita, Realda e Clarici defendem o artesanato como forma de manter viva a cultura dos antepassados. - Gustavo Tamagno
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