Uma taça que une famílias
Decisão municipal entre Esperança e São Cristóvão reúne roteiros dignos de filme
Sabe aquele roteiro de fi lme do pai e fi lho unidos pelo amor ao esporte? Ou dos irmãos que reforçam os seus laços ao liderar o time da comunidade a grandes conquistas. Pois é, mas não estamos falando de Sessão da Tarde ou produções hollywoodianas, estas histórias são reais e estarão frente a frente na fi nal do Campeonato de Futebol de Campo de Flores da Cunha neste sábado (23).
De um lado, o pai e filho que vestem a camisa do Esperança, equipe desafi ante do 4º Distrito, lá de Mato Perso. Do outro, os irmãos do São Cristóvão, clube canarinho que busca o feito de ser tricampeão consecutivo.
Duas histórias que demonstram a força e a importância do esporte amador, que segue muito vivo em Flores da Cunha. É por estes sentimentos que tantos jogadores se envolvem intensamente nas competições. Ninguém é profissional. O futebol florense, assim como todo o esporte amador, sobrevive por algo que vai além do financeiro ou da fama. Há emoção, paixão e laços como dos irmãos Costa e do pai e filho Dal Pizzol, que permitem que o futebol amador se perpetue de geração em geração.
Este filme, produzido pela Terra do Galo, será transmitido ao vivo, às 16h, pelas redes sociais do jornal O Florense direto do Estádio Municipal Homero Soldatelli. Qual das duas histórias desta página lhe comove mais? Qual será a família que soltará o grito de "É campeão”? Esperança ou São Cristóvão? Preparem a pipoca e façam suas apostas!
Irmãos Costa querem o tri
No São Cristóvão, a história dos irmãos Nicollas e Glauco já é bem conhecida. Pudera, a dupla entrará em campo para defender o bicampeonato consecutivo, conquistado nos dois últimos anos.
O protagonista da equipe é Nicollas, afi nal veste a sagrada camisa 10. A parceria, que transcende as quatro linhas, pois ambos trabalham juntos na empresa da família, é um legado do pai Laurindo Costa.
Da mesma maneira que manteve os fi lhos juntos na empresa familiar, Laurindo foi fundamental para que os seus meninos vestissem a camisa verde e amarela. Ele também foi atleta do São Cristóvão. Além da referência paterna, dindos e tios, além dos primos e outros parentes, também jogavam ou torciam pelo clube.
Para o irmão mais velho, Glauco, o São Cristóvão, clube do bairro, "está no sangue" da família.
— Quando eu tinha uns 12 anos, e ele (Nicollas) uns 6, eu dizia para ele "chuta mais forte", mas ele não conseguia, pois era mais fraco. Hoje, ele passou por mim e é até mais forte que eu — brinca o mais velho, que provoca o caçula:
— (Quando criança) o ‘Nico’ não era bom com os pés e por isso sempre fi cava no gol.
Sobre jogar ao lado do irmão, Nicollas acredita que é uma soma em favor da equipe. Além do laço familiar, há uma relação de amizade muito forte entre os dois e um entrosamento natural.
— É muito melhor jogar com um amigo do lado, né? São seis anos de diferença. Jogávamos juntos na rua de casa, mas o campeonato foi mais para frente, mas tem dado certo — exalta Nicollas.
Pai e filho na final
O Esperança, que chegou na fi nal após vencer o rival de Mato Perso, Corinthians, tem como seu capitão o zagueiro Marcelo Dal Pizzol. O ex-atleta profi ssional de futebol joga ao lado do fi lho Gabriel, atacante de 16 anos. Com carreira em equipes como Brasil de Farroupilha e o Juventude, Marcelo busca passar os ensinamentos para o fi lho que sonha em construir sua carreira no mundo da bola.
No campeonato do ano passado, o experiente Marcelo integrava o plantel do rival Corinthians. Ele decidiu "virar a casaca" e trocar de clube nesta temporada justamente para jogar ao lado do filho.
Marcelo lembra do seu "ano mágico", em 2011, quando foi campeão do Municipal vestindo a camisa do Esperança e, logo após o apito fi nal, na festa de comemoração, bateu uma foto (ao lado) com o fi lho Gabriel no colo.
— O principal motivo (pela troca de time) foi o meu fi lho Gabriel, que já estava atuando no Esperança. Queríamos jogar juntos e aproveitar cada momento. E, quem sabe, deixar nossos nomes na história do clube e do município — destaca Marcelo.
A dupla busca repetir o feito de outras competições onde, jogando juntos, foram campeões. A última fi nal dos dois foi no campeonato de Futebol 7, onde fi caram com o vice- -campeonato. O objetivo ambicioso, afi nal estão em busca do principal campeonato de Flores da Cunha.
— No futebol 11 vai ser nossa primeira fi nal, com certeza a competição mais importante, com um sabor muito especial — ambiciona Marcelo.
Solidariedade
Durante a partida serão arrecadadas rações para cães e gatos. O ponto de coleta estará disponível na entrada do estádio
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