Esporte

Nas férias, montanhismo na Argentina

Amigos viajaram ao país vizinho para praticar o esporte de altitude na montanha Cerro Plata

Neste início de ano os florenses Andrey Moré, 36 anos, e Igor Machado, 31 anos, na companhia do caxiense Talivan Tavares, 31 anos, deixaram de lado as tradicionais férias de descanso e foram se aventurar. Os amigos engenheiros saíram de carro em direção à Argentina para praticar montanhismo. O objetivo: chegar ao cume do Cerro Plata, o pico mais alto do Parque Provincial Cordón del Plata, na região de Vallecitos, com mais de 5,9 mil metros de altitude, próximo da cidade de Mendoza.

Após três dias de viagem até o país vizinho, deixaram o carro no refúgio da montanha e iniciaram a longa caminhada. “A viagem de carro foi bem cansativa, mas o início do percurso foi tranquilo. Ficamos no refúgio iniciando a parte de aclimatação, pois a instalação fica a 2,8 mil metros de altitude, então o corpo já começa a se adaptar”, conta Igor.

A estratégia para subir o cume foi seguida durante os seis dias seguintes, mas o sétimo e último, sofreu alterações. “Conseguimos chegar até o segundo acampamento bem. Fizemos um plano para levar metade dos equipamentos por dia para não sofrermos com tanto peso. Então levamos um pouco, voltamos e, no dia seguinte, levamos a outra parte para conseguir dar continuidade à escalada”, relembra. Ao chegar no segundo acampamento, antes de subir ao pico, um dia de folga. E foi aí que as coisas ficaram mais difíceis.

“O Talivan começou a passar muito mal em função da altitude e resolveu descer para o refúgio. Como nosso equipamento não tinha rádio, não sabíamos se ele estava bem. Pegamos neve e ventos muito fortes, condições que não nos permitiam descansar. Também comecei a sentir a altitude de forma mais severa e então resolvi não me arriscar”, conta o florense, que voltou ao refúgio no dia seguinte.

A aventura

Com a desistência dos amigos, o florense Andrey Moré ainda fez sua última tentativa de chegar ainda mais próximo do pico. “Sai de madrugada, sozinho, para poder chegar no topo ao meio-dia. Mas quando cheguei aos 5,5 mil metros comecei a sentir tonturas, dores no pulmão e as temperaturas negativas começaram a afetar meu corpo, que não estava mais correspondendo ao esforço necessário. Foi então que resolvi voltar”, conta Andrey, que caminhou por mais 15 horas até chegar no refúgio onde os amigos o aguardavam. Juntos, os três iniciaram então o trecho de descida do pico.

Apesar da meta inicial não ter sido alcançada, os florenses adiantam que outras aventuras como esta já estão sendo planejadas. “Havia muitos brasileiros fazendo o mesmo percurso e conseguimos trocar muitas experiências. Percebemos como a prática do montanhismo agrega também idosos e famílias e queremos passar isso aos florenses adeptos do esporte, incentivando as pessoas a praticarem exercícios e, as vezes, também saírem da rotina e procurarem uma aventura”, valoriza Andrey.

Os amigos registram a chegada no primeiro acampamento do Cerro Plata, a mais de 3,5 mil metros de altitude. - Divulgação
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