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Leveza e bem-estar

Durante a pandemia o yoga passou a fazer parte da rotina das pessoas

A origem do yoga é de milhares de anos. Os antigos sábios renunciavam ao mundo estudando e meditando para aprimorar esta arte. Desenvolveram as posturas pela observação dos movimentos dos animais e da natureza. 
Há cerca de 7.500 anos Sada Shiva, também considerado o fundador do yoga, sistematizou essas técnicas com o nome de Tantra Yoga – que significa expansão para libertação. No ocidente, a história do yoga começa em 1893, em Chicago, nos Estados Unidos, se difundindo e se ramificando por todo o mundo. 
Para a instrutora de yoga, Roberta Cansan, 39 anos, a paixão pela técnica caiu como um pára-quedas na sua vida. “Foi um presente divino. Minha experiência com o yoga, até então, tinha sido duas aulas experimentais antes de entrar para o curso. A cada aula me apaixonava mais, tendo a certeza de que era com o yoga e com as terapias que eu queria seguir profissionalmente, ajudando as pessoas”, revela.
Roberta conta que o despertar espiritual com o yoga foi forte, no entanto, seu corpo físico ainda não estava muito preparado. “Aprendi comigo mesma e com meu professor que as posturas de yoga são apenas uma parte da grande imensidão da arte. O importante mesmo é o nosso autoconhecimento, é a união com nossa essência divina, é respirar conscientemente. Um passo de cada vez e, praticando, aos poucos vamos sentindo e percebendo nossa evolução física, mental, emocional e espiritual. Esse é o propósito. Esse ó objetivo”, frisa a florense.
Para ela, o yoga é uma filosofia, um estilo de vida. “É a união com a nossa consciência, com nosso ser interior, com a mente cósmica. É a união do corpo, mente, emoções e espírito. A filosofia do yoga tradicional envolve posturas, respiração e meditação”, destaca Roberta.
De acordo com a profissional, quando as pessoas começam a fazer yoga, pode parecer apenas um exercício, mas, com a prática constante, o corpo e a mente se desintoxicam, se unem, se fortalecem e os praticantes começam a sentir os benefícios. “O yoga auxilia no autoconhecimento, equilíbrio e harmonização do corpo e da mente, melhora a auto-estima, acalma a mente, deixa as pessoas mais energizadas, diminui o estresse e a ansiedade, além de melhorar o condicionamento físico, flexibilidade e a postura”, enumera. 
Segundo Roberta, qualquer pessoa pode praticar o yoga, uma vez que o mesmo não consiste apenas em realizar as posturas difíceis. O importante é sentir-se bem. “Existem adaptações dos movimentos para qualquer pessoa, sejam mulheres, homens, jovens, idosos ou grávidas. Para as crianças, o yoga é muito importante para que controlem desde cedo suas emoções e ajudam a melhorar a atenção e concentração por meio de atividades lúdicas”, frisa a profissional.
A encarregada de controles financeiros, Rafaela Trentin Zampieri, 33 anos, começou a praticar yoga há cerca de dois anos com o objetivo de buscar uma leveza maior para o seu dia a dia, ter um momento para acalmar a ansiedade nos desafios diários e melhorar seus movimentos físicos. “No yoga é trabalhado não só o corpo físico, mas também a mente, desenvolvendo a capacidade de relaxar, controlar o estresse e aumentar a concentração. Com o aumento progressivo das práticas melhorei minha flexibilidade, consegui controlar meu estresse, as dores musculares diminuíram e passei a dormir melhor”, garante Rafaela, que diz ser nítida a melhora. 
Para ela, o yoga é mais do que um exercício físico, é uma filosofia de vida que, de forma integrada, trabalha o corpo e mente por meio de posturas que previnem as dores nas articulações, a saúde dos ossos, aumenta a imunidade, controla a pressão arterial, melhora a disposição do dia-a-dia e a espiritualidade. 
“O yoga não é para aceitar tudo, mas não há yoga sem uma revolução interna. Não há yoga sem questionamentos. Não há yoga sem mexer fundo nos relacionamentos. Às vezes, o yoga não te torna calmo, mas furioso, porque é o despertar da consciência. Às vezes, o yoga traz o caos e, da fúria desse caos, vem à renovação”, finaliza a instrutora Roberta.

Rafaela Trentin Zampieri afirma sentir muita paz com a prática. - Divulgação
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