Economia

Setor moveleiro registra o maior crescimento de vendas no Brasil

Na análise de estados brasileiros, o Rio Grande do Sul ficou praticamente estagnado, com crescimento de 0,3% no ano

O comércio de móveis no Brasil confirmou a tendência dos últimos meses e foi o segmento que apresentou o maior crescimento no volume de vendas, em 2020. Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Comparadas a 2019, as vendas tiveram uma variação acumulada de 11,9%. Na análise por estados, São Paulo, Bahia, Paraná, Distrito Federal e Rio de Janeiro cresceram mais que a média nacional; enquanto o Rio Grande do Sul ficou praticamente estagnado, com crescimento de 0,3% no ano. 

A pandemia, portanto, segue sendo a causa central sobre o desempenho da economia no ano passado. O setor moveleiro, especificamente, registrou descompasso entre a oferta e a demanda alta por mobiliário, quando a produção não conseguiu acompanhar as vendas. Mesmo com a trajetória de crescimento, iniciada no segundo semestre de 2020, o setor não recuperou todas suas perdas, sendo a expressiva alta dos preços dos insumos e a falta de matéria-prima os principais entraves.

O Rio Grande do Sul encerrou o quarto trimestre de 2020, praticamente, estável em relação ao mesmo período de 2019, com uma queda de 0,3%. No ano, os números da produção industrial representaram redução de 10%. Já no cenário nacional, o quarto trimestre teve um crescimento de 8,1% em comparação ao ano anterior e, portanto, uma queda de 3,8% no ano. A volatilidade do mercado desperta preocupações, devendo-se atentar para alguns riscos macroeconômicos derivados do alto endividamento do governo, incertezas sobre políticas fiscais em 2021, bem como as incertezas relativas ao controle da pandemia e o ritmo da vacinação.

Em termos gerais, a produção industrial avançou 0,9% na passagem de novembro para dezembro de 2020. Na comparação de dezembro do ano passado com igual mês de 2019 o setor industrial cresceu 8,2%. As principais influências foram registradas nos setores de veículos automotores, reboques e carrocerias (22,6%), máquinas e equipamentos (37,4%) e metalurgia (28,9%). Entre os ramos que também assinalaram impactos positivos importantes foram: produtos farmoquímicos e farmacêuticos (17,5%), couro, artigos para viagem e calçados (21,5%), produtos de madeira (16,8%) e móveis (16,3%).

 - Arquivo O Florense
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