Economia

Retomada de eventos impulsiona venda de espumantes

De janeiro a setembro, comercialização foi de quase 21 milhões de garrafas, 55,24% a mais que no mesmo período do ano passado

Em 2020, os eventos foram cancelados, as pessoas ficaram isoladas em casa, as festas e os encontros com amigos foram substituídos por lives. Essa mudança no comportamento refletiu diretamente na retração da venda de espumantes naquele período, enquanto o vinho fino acelerou, sendo o melhor companheiro durante a pandemia. Neste ano, de janeiro a setembro, percebe-se que o retorno dos eventos e a aceleração da imunização já têm forte impacto na comercialização dos espumantes.

Os moscatéis lideram o crescimento com 58,26% se comparado aos nove meses do ano passado e 100,79% no mesmo intervalo de 2019. Apesar de um percentual menor, os espumantes brut também registram resultado positivo com alta de 53,08% em relação ao ano anterior e 38,92% frente a 2019. Esses são os dados oficiais da União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra), com base no Sistema de Cadastro Vinícola da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul e do Ministério da Agricultura.

Com perspectivas de alcançar o desempenho de venda de todo 2019, com 22,4 milhões de litros de espumantes, a Uvibra está otimista diante da aceleração. A entidade acredita que os 15,6 milhões de litros já vendidos este ano possam chegar ao volume desejado até o final de dezembro. “Se alcançarmos 2019 estaremos felizes. Até aqui estamos superando, mas é daqui para frente que precisamos confirmar as vendas”, garante o presidente da Uvibra, Deunir Luis Argenta.

Vinho segue em alta

Mesmo em crescimento, a venda de vinhos finos está mais acanhada. O aumento de janeiro a setembro deste ano em relação ao mesmo período do ano passado é de 9,71%. Já, em comparação a 2019 este percentual sobe para 80,44%, o que demonstra que desde o início da pandemia o vinho brasileiro vem ganhando seu espaço no mercado interno. O crescimento somente não tem sido maior em razão de problemas com a falta de insumos, especialmente garrafas, que tem atingido, também, o suco de uva.

 - Jeferson Soldi/ Divulgação
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