Produção recua de forma menos intensa e emprego cresce na indústria do RS
Pesquisa da FIERGS revela expectativa dos empresários por aumento na demanda
A Sondagem Industrial de abril, divulgada na segunda-feira, dia 31, pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), mostra redução menos intensa do que a normal na produção, além de geração de emprego e um pequeno acúmulo de estoques.
O indicador de produção atingiu 48,1 pontos na pesquisa de abril. Abaixo de 50, revela queda em relação a março, após três altas seguidas. Historicamente, porém, a produção recua em abril, mas a de 2021 foi menos intensa do que a esperada, de acordo com a média histórica do mês: 44,8 pontos. O emprego, por sua vez, seguiu em alta, a décima consecutiva, contrariando o padrão sazonal negativo do mês. O indicador de abril foi de 52,1 pontos.
A utilização da capacidade instalada-UCI recuou para 76%, seguindo a sazonalidade negativa do indicador em abril, três pontos percentuais abaixo de março, mas 4,4 superiores à média histórica do mês. Apesar disso, o indicador de UCI em relação à usual ficou em 48,6 pontos em abril. Pela primeira vez abaixo de 50 desde julho de 2020, mostrou que os empresários gaúchos consideraram o nível de UCI abaixo do usual para o mês.
Em relação ao estoque planejado, o indicador foi de 51 pontos. Acima de 50, indica que houve formação de estoques indesejados pela primeira vez desde abril do ano passado.
Na pesquisa realizada com 191 empresas – 36 pequenas, 61 médias e 94 grandes – entre os dias 3 e 12 de maio, os indicadores de expectativas para os próximos seis meses continuaram acima dos 50 pontos, não se alterando significativamente em relação a abril. As expectativas dos empresários gaúchos continuam bastante positivas, projetando expansão da demanda (56,1 pontos), das exportações (55,8), do emprego (52,2) e das compras de matérias-primas (54,9).
Mesmo assim, a propensão do empresário gaúcho para investir diminuiu. O indicador de intenção caiu de 58,5 pontos, em abril, para 55,8, em maio, mas mantendo-se acima da média histórica de 49,9 pontos. Das empresas gaúchas consultadas na Sondagem, 62,8% afirmaram ter a intenção de investir nos próximos seis meses. Uma redução de três pontos percentuais na comparação com abril, quando 65,8% indicaram essa possibilidade.
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