Papai Noel de sacolas cheias
Comércio florense está na expectativa por um Natal de boas compras e CDL lança tradicional campanha com premiações
Faltando pouco mais de um mês para a data que, tradicionalmente, aumenta o movimento no comércio, a expectativa dos lojistas é que o Bom Velhinho traga um Natal recheado com muitos presentes e repleto de prosperidade. Pelo menos é isso que mostra uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), que revela que mais de 118 milhões de brasileiros devem ir às compras, consumidores que injetarão uma média de R$ 66,6 bilhões na economia. Por outro lado, em comparação ao ano passado, o estudo sinaliza uma estabilidade na intenção de compra: em 2021, 77% pretendiam presentear no Natal e, neste ano, 73%.
De acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Flores da Cunha, Jásser Panizzon, os itens mais procurados pelos florenses costumam ser: roupas (56%), calçados (38%), perfumes/cosméticos (36%), brinquedos (34%) e acessórios (21%). “Contudo, um fato que chama a atenção é que os preços tiveram um natural aumento, e o ticket médio diminuiu para R$ 142. 40% dos clientes que pretendem comprar presentes neste Natal não querem gastar mais do que R$ 100”, destaca Panizzon.
Nesse cenário, o presidente frisa a importância das campanhas de incentivo promovidas pela entidade: “A promoção Natal a Mil foi um nome que criamos na nossa gestão e que vem agradando no formato de sortear vales-compras. É um dinheiro que a entidade reverte para o comércio”, pontua, acrescentando que a campanha de 2022 foi lançada no último sábado, dia 19, e conta com mais de 150 estabelecimentos participantes. O público terá até 31 de dezembro para comprar nas lojas identificadas com o cartaz da promoção e concorrer aos 50 vales-compras no valor de R$ 1 mil para utilizar nas lojas de sua preferência. O sorteio será realizado no dia 7 de janeiro, na Praça da Bandeira.
E o sucesso das promoções que movimentam o município também é sentido na prática, pelos comerciantes: “De todas as campanhas, a de Natal tem mais ênfase, porque a premiação é maior e porque a comunidade já vê como uma tradição, abrangendo todas as idades. Então as campanhas da CDL são de extrema importância, não tem Natal se não tem a campanha da CDL junto”, evidencia a sócia-proprietária da Decori’s Presentes e Decorações, Patriele Zanela Slaviero, de 31 anos.
Atuando como linha de frente do empreendimento fundado pelos pais há 24 anos, a também Diretora da CDL Jovem de Flores da Cunha constata que a procura por artigos natalinos ocorre cada vez mais cedo: “Uma vez era no comecinho de novembro, depois do feriado de Finados, mas, o pessoal está se antecipando. Esse ano, em específico, foi ainda em setembro que começaram a pedir pinheirinhos e guirlandas”, revela.
Apesar de o Natal ser muito clássico em relação à decoração, a florense lembra que todos os anos surge alguma novidade e, em 2022, não é diferente: “Entrou muito a tendência dos tons pasteis, mas, o tradicional, o vermelho e o dourado, sempre predominam”, frisa, acrescentando que opções de cores, modelos e tamanhos é o que não falta nesse universo e, claro, existem artigos para todos os gostos e bolsos.
“O pinheirinho, um item clássico, é o que tem mais saída – os mais em conta em comparação aos mais luxuosos, até pelo custo deles. O que gira é um item mais popular, que não deixa de ser bonito igual. A faixa de valores deles, por exemplo, um pinheiro de 1,80mts é de R$ 159 e ele montado, já com uma proposta de decoração, está R$ 499; enquanto uma árvore de 1,50mts, da linha luxo, custa R$ 560; é uma diferença bem grande. E tem várias estratégias para montar um pinheirinho mais simples, para que ele fique tão bonito quanto um da linha luxo”, explica Patriele acerca das variedades comercializadas na loja.
E os valores desses ornamentos também sofrem um reajuste anual, que é repassado ao consumidor, mas, nos últimos anos, os preços também encareceram devido às questões políticas e econômicas. “O material é quase 100% importado, então tem aquele custo de carga, de frete, que implica bastante no preço final, mas, sempre tem um reajuste. Claro que, comparado a outros anos, antes da pandemia, o custo encareceu, mas eu acredito que todos os produtos vêm sofrendo esse reajuste, em função de vários aspectos, desde pandemia, guerra, política”, explica a empresária.
Mesmo assim, novembro costuma ser o mês dedicado às compras de decoração, isso para que a casa possa ficar enfeitada por mais tempo para a chegada do Papai Noel. “Comparado a outros anos teve uma explosão de vendas, ainda no Natal anterior. Não sei se porque o pessoal estava em casa e gostou de fazer a decoração nova, mas, o ano passado e esse a gente teve mais opções e comercialização”, empolga-se Patriele.
Já a procura por presentes de amigo secreto, seguidos pelos brinquedos e lembranças para familiares e amigos, costuma se concentrar em dezembro, sobretudo nos últimos dias. “Para amigo secreto um item que a gente vende e faz muito são as cestas de presente, que englobam produtos diversos, com doces, bebidas e comidas, aí não tem erro, porque amigo secreto é um pouco mais difícil de acertar”, explica a florense, complementando que é o que mais vendem, devido à possibilidade de personalizar conforme o desejo do cliente, adicionando ou retirando itens.
Nicho este que vem ganhando cada vez mais adeptos e conquistado clientes, não somente em montagem de kits, mas também em composições como guirlandas e as próprias árvores de Natal: “Contamos com um setor específico de personalização, se a pessoa quer uma caneca, uma squeeze, uma toalhinha com foto, algo bem específico e peça exclusiva. Na linha de decoração, a Dolores, que é nossa sócia-proprietária, é a pessoa mais engajada e sempre se prepara bastante sabendo o que é tendência, o que vai combinar, então ela monta conforme o bolso, o gosto, o tamanho da porta e da casa. Inclusive, ela também vai até a residência e pode ajudar a fazer a montagem, toda bem exclusiva”, ressalta Patriele, sobre os diferenciais da Decori’s.
Na linha de brinquedos, por sua vez, ela explica que as vendas variam conforme a faixa etária dos pequenos: “Até os seis aninhos, para as meninas, a preferência ainda são as bonecas Barbie e tudo que é modinha, também temos a linha pedagógica, com jogos, e bastante novidades nesse setor. Para os meninos, as pistas de carrinho, caminhão, essa linha de brinquedos vende bem. Depois dessa idade a gente tem que ter um cuidado mais específico, porque não é todo o brinquedo que a criança ainda brinca, então partimos bastante para a linha pedagógica e didática, que tira um pouquinho a criança do celular para brincar com a família”.
Outro ponto destacado pela sócia-proprietária diz respeito às compras para o Natal, que começam a ser feitas pela equipe do estabelecimento ainda em meados de maio: “Como é tudo material importado, tem que fazer uma previsão de compra para conseguir receber em tempo e também nas devidas quantidades porque, às vezes, muito próximo já esgota a mercadoria, tanto que agora, nessa época, a gente já começa as compras de Páscoa”.
Mas, antes do Coelhinho, o Papai Noel ainda deve trazer muitos presentes ao comércio local: “Nossa expectativa sempre é a melhor, a gente já vai fazer as compras pensando que, lá na frente, vai dar um resultado bem bom”, conclui Patriele, revelando que na loja há o Correio do Bom Velhinho, que além de permitir às crianças endereçarem suas cartas, funciona como um ponto onde elas podem entregar seus bicos à magia do Natal.
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