Moradores reclamam da falta de energia elétrica
Bairro Colina de Flores tem enfrentado problemas no fornecimento e quedas constantes de energia
As recorrentes interrupções no fornecimento de energia elétrica e a demora em solucionar os problemas por parte da Rio Grande Energia S.A. (RGE) vêm causando transtornos aos moradores do bairro Colina de Flores, em Flores da Cunha. Conforme os moradores da região atingida, os problemas teriam iniciado ainda no final do ano passado, porém, tornaram-se mais frequentes nos últimos meses. A população diz já ter ficado mais de 30 horas seguidas sem luz, causando enormes prejuízos. De acordo com o síndico do Residencial Vila Toscana, Cristian Veadrigo, onde residem 16 pessoas, o prejuízo no prédio ultrapassa aos R$ 23 mil. Já o empresário Joel Massoni, afirma que, além de queimar equipamentos, por duas vezes teve que dispensar quase duas dezenas de funcionários de sua confecção por falta de energia elétrica. “Foram gerados mais de 300 protocolos junto à RGE até agora”, frisa o corretor de imóveis, Marcelo Paganela Morais, que pretende elaborar um abaixo assinado para ser entregue a concessionária.
Conforme o advogado Alessandro Mambrini, do escritório Mambrini Advogados Associados, que está entrando com uma ação contra a RGE, a média tem sido de duas a três paralisações por mês. A última vez ocorreu no dia 11 de junho, quando a maioria das moradias do bairro ficaram cerca de sete horas sem abastecimento. O resultado disso são equipamentos queimados, empresas paradas e funcionários dispensados, escritórios contábeis com trabalho atrasado, empresas sem poder emitir nota fiscal, representantes comerciais com dificuldade de tirar pedidos, entre outros inúmeros problemas gerados, que ao longo de mais de seis meses acumulam prejuízos e reclamações. “Não precisa dar temporal, basta um sopro de vento para ficarmos sem energia elétrica por horas”, relatam os moradores. Eles também reclamam da demora por parte da empresa em restabelecer o fornecimento. Além de cobrar uma solução definitiva, os usuários pensam em ingressar na justiça para serem ressarcidos dos prejuízos.
De acordo com a RGE, a substituição de postes integra o Plano de Obras da RGE para Flores da Cunha. “Além desta ação, na Rua São José, onde a concessionária está substituindo seis postes de madeira por concreto, estão previstas outras obras de modernização da rede elétrica como podas, reposição de equipamentos e melhoria no nível de tensão, no município. Para realizarmos melhorias e manutenções na rede elétrica, muitas vezes é necessário desligar a energia do local. Isso garante a segurança da comunidade e dos eletricistas”, diz a nota enviada pela RGE. Os clientes podem consultar os desligamentos programados no site da distribuidora. www.rge-rs.com.br
O que fazer em caso de danos em equipamentos
- A partir da data provável da ocorrência do dano elétrico no equipamento, o cliente tem 90 dias para encaminhar a solicitação. Após este prazo, o consumidor perde o direito de reclamar, de acordo com o artigo 26 do Código de Defesa do Consumidor (Lei n.° 8.078/90) e artigo 204° da Resolução n° 414 da Aneel.
- A solicitação pode ser feita no site da RGE. Se o solicitante não for o titular do contrato, deverá encaminhar o pedido para o endereço Rua Mário de Boni, 1902 – Bairro Floresta, Caxias do Sul – Cep 95012-580, ou através do fax 0800 970 0800, juntamente com um comprovante de ocupação do imóvel (conta de telefone, água ou outros em seu nome. Em caso de contrato de locação ou compra e venda, os mesmos devem ser devidamente registrados em cartório).
- Após o recebimento da solicitação a RGE tem 10 dias corridos para realizar a vistoria respeitando a disponibilidade de horário informada na correspondência. Até a vistoria os equipamentos não poderão ser consertados. A solicitação será analisada tendo em vista o nexo de causalidade (vínculo entre o evento causador da perturbação no sistema elétrico e o dano reclamado).
- No caso de deferimento a RGE fará o ressarcimento pelo valor de mercado ou, ainda, conserto ou substituição do equipamento danificado. O conserto do equipamento, antes de concluída a análise da RGE fica a critério e responsabilidade do consumidor e que pode ser passível de indeferimento;
- A concessionária terá até 25 dias para informar ao cliente, por escrito, sobre o posicionamento da solicitação e 20 dias para o pagamento.
Tarifa de energia sobe 20%
Desde terça-feira, dia 19, os consumidores da Serra atendidos pela Rio Grande Energia S.A. (RGE) terão um custo a mais nas contas de luz. No começo desse mês, a diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou a revisão tarifária da concessionária. Os consumidores residenciais, de baixa tensão, atendidos pela RGE terão reajuste de 21,55%. Já para os clientes de alta tensão, caso das indústrias, o aumento na conta será de 19,04%. A RGE atende 1,4 milhão de unidades consumidoras em 255 municípios do estado do Rio Grande do Sul, incluindo as localidades da Serra Gaúcha.
A revisão tarifária periódica reposiciona as tarifas cobradas dos consumidores após analisar os custos eficientes e os investimentos para a prestação dos serviços de distribuição de energia elétrica, em intervalo médio de quatro anos.
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