Mais de cinco mil florenses já receberam o auxílio emergencial
Até o mês de agosto, Flores da Cunha recebeu R$ 11.575.800 em benefícios
Criado com o intuito de apoiar financeiramente trabalhadores informais, autônomos e desempregados durante a pandemia, o Auxílio Emergencial beneficiou 5.130 florenses até o mês de agosto. Segundo os dados da Controladoria-Geral da União (CGU), isso significa que cerca de 18,91% da população de Flores da Cunha recebeu ajuda governamental desde abril, quando os pagamentos tiveram início.
No último mês de cadastro (agosto), o município contava com 3.391 beneficiados, sendo que a grande maioria recebeu a parcela mínima mensal de R$ 600. As famílias de mães solteiras, que têm direito ao dobro do valor por mês, representavam 15% do valor dos beneficiários. Ao todo, Flores da Cunha recebeu R$ 2.364.600 apenas em agosto – desse montante, cerca de R$ 54 mil foram retidos por divergências na inscrição.
Com isso, o mês se consolida como o terceiro em valor arrecadado no município, 18% maior do que o mês de abril, quando o governo iniciou os depósitos. Até agora, julho apresenta a maior soma, com R$ 2.968.200 – nesse período, a cidade também atingiu o número recorde de 4.279 pessoas cadastradas.
Nos cinco meses de auxílio, Flores da Cunha recebeu R$ 11.575.800. A média de valor recebido por cada beneficiado no município é de R$ 2.256,49, cerca de R$ 200 menor do que a média estadual. Para o Rio Grande do Sul, o Governo Federal disponibilizou quase R$ 7 bilhões desde abril, auxiliando mais de 2,7 milhões de gaúchos.
Em todo o país, 67 milhões de pessoas foram atendidas. Com isso, o Auxílio Emergencial tornou-se o mais amplo benefício dado pelo governo brasileiro, superando em quatro vezes o Bolsa Família. Os estados com maior número de cadastrados eram São Paulo, Minas Gerais, Bahia e o Rio de Janeiro – o Rio Grande do Sul aparece na nona posição. O valor total distribuído em auxílio foi de mais de R$ 182 bilhões até agosto.
Novas regras
No entanto, esse montante deve sofrer uma desaceleração nos próximos meses. Isso porque, a partir de setembro, os valores foram reduzidos: a parcela mínima de R$ 600 caiu para R$ 300, enquanto as famílias chefiadas por mães solteiras também passaram a receber a metade do benefício de R$ 1.200.
A decisão foi anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro junto com a prorrogação do auxílio até dezembro. Inicialmente, a ideia era de que o benefício durasse três meses – em junho, no entanto, ele foi prorrogado por mais duas parcelas.
Na proposta de prorrogação apresentada em setembro, alguns grupos foram excluídos do pagamento, como pessoas que conseguiram emprego formal depois de receberem auxílio, brasileiros que moram no exterior e presos em regime fechado.
Na ocasião, a inscrição de novos beneficiários também não foi reaberta. Portanto, somente sacaram os R$ 300 aqueles já aptos a receber os R$ 600 anteriormente, inscritos até o dia 2 de julho. Todos os cadastros também passaram por uma reavaliação.
Nesta semana, o Tribunal de Contas da União (TCU) apontou indícios de irregularidades em 439,7 mil cadastros, que geraram um prejuízo na casa dos R$ 813 milhões aos cofres públicos. O órgão identificou mais de 110 mil empresários de alta renda entre os beneficiários.
Segundo o Ministério da Cidadania, até agora foram recuperados R$199,3 milhões pagos indevidamente. A programação era de que os números relativos ao mês de setembro constassem no Portal da Transparência da CGU a partir dia 30 de outubro, mas eles ainda não tinham sido divulgados até o fechamento desta edição.
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