Economia

Mais de 96% das indústrias acreditam que energia elétrica será reajustada

Pesquisa da FIERGS aponta a crise hídrica como preocupação para 93,5% das empresas consultadas

A crise hídrica brasileira preocupa 93,5% das indústrias gaúchas, que já tomam providências para enfrentar o problema, revela pesquisa divulgada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), na quarta-feira, dia 18. Mais de nove em cada dez das consultadas indicam como principais motivos para essa inquietação os impactos sobre o custo da energia elétrica, a possibilidade de instabilidade ou interrupções no fornecimento, e o racionamento. “Mais de 66% responderam que restrições no fornecimento e a elevação no preço serão as principais consequências dessa crise, e isso é mais um motivo a prejudicar a produção do setor, já sofrido com a escassez e o aumento no preço dos insumos há meses”, diz o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry. O prejuízo à competitividade também foi outro fator apontado por 63,9% dos consultados pela pesquisa.

A principal medida para lidar com o problema, assinalada por 49,2% das empresas, será a adoção ou intensificação de investimentos e ações em eficiência energética. Boa parte, 27,9%, também pretende realizar mudanças nas operações para reduzir atividade no horário de pico de consumo de energia, apesar de ser considerada uma medida de difícil ou muito difícil implementação por 54,1%. Outra iniciativa será a de adotar ou intensificar investimentos e ações em tratamento e reuso da água (26,2%).

Quando indagados se estão preocupados com a crise hídrica, a maior parte dos pesquisados respondeu positivamente: 61,2% se mostraram pouco preocupados, e para 32,3%, a preocupação é grande. Os principais motivos para isso são o impacto da crise hídrica no custo bem como a possibilidade de aumento da energia, apontado por 82,8%, instabilidade ou interrupções no fornecimento, 70,7%, e racionamento, 69%. Cerca de 63% acreditam que provavelmente essa crise resultará em racionamento de energia. A quase totalidade – 96,7% - crê em reajuste no preço da energia elétrica. Para 85,2%, a elevação será moderada (42,6%) ou grande (também 42,6%).

A participação média dos gastos com energia elétrica no custo total de produção foi de 8,1% entre os respondentes da consulta. Para a maioria, 68,3%, a participação varia entre 0% e 9%.

 - Divulgação
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