Economia

Mais de 80% das indústrias da Serra têm novas contratações

Levantamento com empresas do setor metalmecânico aponta crescimento da demanda e dificuldade em relação ao preço e à escassez de matéria-prima

Aumento na demanda, no faturamento, novas contratações e boas perspectivas de retorno aos patamares pré-covid são alguns dos indicadores que mostram o cenário positivo na indústria da Serra. De acordo com o levantamento dos impactos da covid-19 nos setores metalmecânico, eletroeletrônico e automotivo, realizado pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul e Região (Simecs) entre 18 e 30 de junho, mais de 80% das empresas fizeram novas contratações – 15% delas admitiram mais de 30 funcionários e 3% mais de 100.

Das empresas respondentes, pelo menos 30% apontaram crescimento na demanda e 38% apresentaram demanda estável. A alta também foi registrada no faturamento de 33% das empresas, enquanto 44% mostraram estabilidade no indicador em relação ao último levantamento realizado pelo Simecs, no mês de maio. 

Um dado que apresentou melhora significativa foi a perspectiva das empresas de retorno aos patamares pré-pandemia: mais da metade (55%) já retornaram aos níveis pré-crise, 6% estimam esse retorno em julho e 29% preveem a retomada entre os meses de setembro e dezembro. Somente 10% das empresas informam não ter perspectiva de recuperação em 2021.

“Os indicadores mostram que, mesmo num cenário adverso, a indústria teve condições de crescer. A expectativa é otimista. As empresas enxergam um mercado aquecido e estão buscando se fortalecer, inclusive com a contratação de mais funcionários, para atender à demanda que tende a crescer daqui para frente. Este é um movimento muito importante”, afirma o presidente do Simecs, Paulo Spanholi.

Algumas das dificuldades das empresas neste período seguem envolvendo o tema matéria-prima. A variação e o aumento frequente dos preços foram apontados por 101 empresas e 61 indicaram a falta de estoque dos fornecedores. O aço é o material que mais afeta negativamente o setor: 66% das empresas continuam com dificuldade para conseguir este insumo e 43% afirmam que o aumento de preço de alguns tipos de aço passou de 100%. “Estamos acompanhando o tema muito de perto e participando de discussões em âmbito nacional para pensar soluções para esse que é um dos grandes desafios da indústria neste momento”, reforça Spanholi.

Participaram do levantamento 107 empresas das cidades de Caxias do Sul, Farroupilha, São Marcos, Carlos Barbosa, Flores da Cunha, Veranópolis, Garibaldi e Nova Roma do Sul, 69% do setor metalmecânico e 74% micro e pequenas empresas.

 - Divulgação
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