Economia

Independentemente da crise, consumidores pretendem comprar móveis ou colchões

Estudo encomendado pela Promob entrevistou centenas de consumidores em todas as regiões do Brasil, no mês de abril

O fechamento do comércio e as restrições impostas para o controle do coronavírus vêm impactando no consumo e produção de móveis e colchões no Brasil.

Com o objetivo de obter informações a respeito do mercado e do comportamento desses consumidores, a Promob Software Solutions encomendou a pesquisa ‘Mercado moveleiro e o impacto do coronavírus na demanda dos brasileiros’ ao IEMI – Inteligência de Mercado.

Realizada no mês de abril, quando foram ouvidos centenas de consumidores do território nacional, todos acima de 25 anos, pertencentes as classes A, B, C, D e E, a sondagem demonstrou algumas informações importantes e otimistas com relação à intenção de compra. 81% dos pesquisados pretendem comprar móveis ou colchões, nas próximas semanas ou ainda este ano, independentemente da crise gerada pelo coronavírus.

A pesquisa demonstrou também que mesmo com o impacto da pandemia, 47% dos consumidores afirmaram que se sentiriam motivados a comprar móveis ou colchões neste período de crise, caso encontrassem descontos relevantes nos preços dos móveis e colchões ofertados.

No momento atual, o canal mais utilizado para se comunicar com as lojas de móveis e colchões têm sido o site, totalizando 55%. Dos consumidores que pretendem comprar móveis neste período, 48% o farão pela internet, e 51% dos que pretendem comprar colchões também pretendem realizar a compra online. Apenas metade, 52%, afirmaram ter recebido ofertas desses produtos pelo celular, após o fechamento das lojas físicas. Marcelo Prado, diretor do IEMI, diz que um ponto verificado, é que a inédita experiência dos consumidores em adquirir produtos sem as lojas convencionais à disposição, tende a promover uma mudança de hábitos, o que poderá acelerar a expansão do consumo online. “Atualmente, no Brasil, esse formato ainda ocorre em proporções modestas, cerca de 3,5% do total das vendas a varejo”.

Dos consumidores ouvidos, 38% afirmaram que quando tudo voltar ao normal, pretendem voltar a comprar esses produtos, da mesma forma como sempre fizeram, ou seja, sem alterações em seus hábitos de consumo, porém, dois terços acreditam que seus hábitos serão modificados.

Felipe Maciel, diretor de Marketing e Vendas da Promob, enfatiza que a pesquisa tem o objetivo de colaborar com o mercado moveleiro a fim de compreender os impactos para facilitar o planejamento dos negócios durante e no período pós-pandemia: ”No momento delicado que todos estamos enfrentando, nada mais valioso que a entrega de dados tão importantes para tomada de decisões e estratégias a curto prazo. Nosso principal objetivo nesse momento é entender como está se comportando o mercado e compartilhar da melhor forma esses conteúdos para que todos possamos sair mais fortes diante da atual situação que estamos vivenciando”, salienta Maciel.

Maciel observa que um dos pontos de atenção apontados na pesquisa é para a importância das marcas não se desvincularem dos clientes, ou seja, manterem um constante trabalho junto aos consumidores. “Como apontado por Prado, em momentos como este, verifica-se a relevância de contar com uma plataforma de CRM eficaz com dados cadastrados e atualizados dos clientes. A pesquisa identificou que 48% dos entrevistados não receberam ofertas por celular, por exemplo, durante o fechamento das lojas”, aponta o diretor da Promob.

Atenção às oportunidades diante do novo cenário

- Interação digital com o consumidor é relevante e muito importante para que as marcas fiquem atentas a um novo comportamento de consumo. O cliente está e continuará mais aberto ao universo digital. Proporcionar experiências que ofereçam interatividade podem ser de grande relevância.

- Soluções integradas, ou seja, o que o consumidor encontrar na loja online poderá ser retirado no ponto de venda, ou ao escolher um produto na loja física preferir efetivar a compra pela loja online.

- Promoções atraentes que gerem estímulo real à demanda, como prazos, serviços, prêmios, com destaque para a oferta de crédito, em maior número de parcelas.

 

Projeções para varejo e produção

Embora o cenário ainda seja incerto em relação ao fim das restrições ao varejo de móveis e colchões, Prado destaca que o impacto no mercado em 2020, com base em dados apurados até março e tendo como premissa um mês de abril de lojas físicas fechadas em quase todo o território nacional, estima-se que as vendas anuais de móveis e colchões no varejo físico e online sofra uma perda de 14,7% quando comparado com 2019. No cenário mais provável, haverá oscilação entre 13,0% e 16,4%. “É uma mudança radical na tendência desse mercado, que apontava para um crescimento expressivo esse ano, mas teve sua trajetória radicalmente modificada por fatores exógenos ao segmento”.

As projeções da produção de móveis e colchões no Brasil, partindo do mesmo cenário do varejo, demonstram um retorno mais lento e uma forte redução nos níveis de fabricação, mesmo após o fim do período de restrições, semelhante ao consumo do varejo. “Essa situação de queda na produção deverá perdurar ao longo de todo o ano, e não se espera alcançar de volta os níveis observados na produção do final de 2019. No acumulado de 2020, o cenário mais provável é de uma queda de 12,2% no volume de peças, com variação de 8,8% a 15,7%, considerando o melhor e o pior cenários”, conclui Prado.

 - Divulgação
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