Exportações industriais do Rio Grande do Sul atingem nível recorde no primeiro semestre
Crescimento das vendas externas foi de 25,8% em junho e de 34,1% no acumulado
As exportações da indústria de transformação no Rio Grande do Sul somaram US$ 1,5 bilhão, em junho, crescimento de 25,8% em relação ao mesmo mês de 2021. Já no acumulado dos seis primeiros meses de 2022, as vendas externas alcançaram US$ 8,3 bilhões, valor 34,1% maior na comparação com o primeiro semestre do ano passado e volume recorde para o período. O último resultado de maior expressão havia ocorrido em 2013, com US$ 8,2 bilhões. Parte da explicação para tal desempenho no semestre deve-se ao crescimento de 44% da demanda dos Estados Unidos por produtos industriais da economia gaúcha, ante mesmo período de 2021.
Dos 23 segmentos exportadores da indústria gaúcha, 17 tiveram elevação na relação com junho do ano passado. Entre os grandes vendedores, alimentos foi o setor que mais cresceu, embarcando US$ 209,9 milhões a mais em mercadorias (46,3%), principalmente, farelo de soja (+US$ 107,4 milhões), óleo de soja (+US$ 51,5 milhões) e carne de frango (+US$ 48,2 milhões).
Os principais destinos do setor no mês foram a China, índia, Coreia do Sul, Irã, Espanha e Arábia Saudita, que juntos representaram 52,4% do total exportado. Na segunda colocação, Tabaco apresentou avanço de US$ 49,3 milhões, e o crescimento das exportações do setor para a China e Estados Unidos, em mais de US$ 25 milhões cada, na comparação com o mesmo mês de 2021, justifica essa expansão. Veículos automotores registraram o terceiro maior avanço, em US$ 32,7 milhões, com elevações nas demandas da Argentina, Colômbia e Estados Unidos. Entre os destaques negativos do mês estão o setor de químicos, que caiu US$ 45,5 milhões; celulose e papel, e móveis, que reduziram suas vendas em US$ 17,8 milhões e US$ 4,3 milhões, respectivamente, em relação a junho de 2021.
Quanto aos principais destinos das exportações totais do Estado, destacam-se os avanços para os Estados Unidos. O país comprou US$ 195,4 milhões, acréscimo de 68,4% ante junho de 2021. Já a Argentina adquiriu US$ 132,8 milhões, 60,9% a mais na mesma base de comparação. No caso dos EUA, a razão para esse desempenho se deu pelas altas das exportações de tabaco em folhas (+US$ 27,3 milhões), celulose (+US$ 9,8 milhões) e calçados (+US$ 9 milhões). Para a Argentina, as variações no mês ocorreram com as maiores exportações de automóveis de passageiros (+US$ 6,9 milhões), peças de veículos e tratores (+US$ 6,6 milhões), Fertilizantes (+US$ 6,3 milhões) e Máquinas e aparelhos agrícolas (+US$ 5,3 milhões). Outros destaques positivos foram as elevações das vendas gaúchas para a Índia, Espanha, México e Arábia Saudita.
Do lado negativo, as compras da China apresentaram, novamente, forte queda, de menos 61,5% em relação a junho de 2021, puxadas pelas reduções nos embarques de soja, que caíram US$ 507,1 milhões, e carne suína, US$ 31,6 milhões. No ano, acumulam queda de 77,3% e 55,8%, respectivamente.
Importações
Em junho, o estado adquiriu US$ 1,3 bilhão em mercadorias, demanda 16,5% maior comparada ao mesmo mês de 2021. Destacaram-se as importações de bens intermediários, mais US$ 106 milhões, e combustíveis e lubrificantes, US$ 67 milhões. No acumulado de 2022, o Rio Grande do Sul importou um total de US$ 6,3 bilhões, valor 34,6% superior ao mesmo período de 2021. As importações de bens intermediários (+US$ 1,1 bi) lideram a pauta das compras externas no ano.
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