Economia

Exportações da indústria sobem 42,2% no Rio Grande do Sul

Aumento em agosto foi registrado em 19 de 24 segmentos do setor

As exportações na indústria de transformação gaúcha totalizaram US$ 1,3 bilhão em agosto, 42,2% de crescimento na comparação com o mesmo mês de 2020, e aumentaram em 19 dos 24 segmentos que registraram embarques. “Nossas vendas externas continuam sendo um dos principais vetores da retomada do crescimento no estado”, diz o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), Gilberto Porcello Petry. No acumulado de janeiro a agosto, totalizaram US$ 8,9 bilhões, valor 33,1% maior em relação ao mesmo período do ano passado. Comparado aos níveis de 2019, anteriores aos da pandemia, o avanço das exportações acumuladas no ano foi de 5,7%.

Na análise por setor, máquinas e equipamentos registraram a maior elevação do valor exportado entre os grandes segmentos. Cresceu 211,6% (US$ 118,4 milhões), puxado pelos embarques para a China e Paraguai. Produtos de metal também acompanharam esse movimento, avançando 212,3% (US$ 104,4 milhões), impulsionados pelas vendas para China e Estados Unidos. Químicos subiram 89,1%, graças à demanda de Argentina, Chile e Holanda. O setor de alimentos recuou 4,9%, equilibrado pela queda de farelo de soja (-US$ 59,7 milhões) e aumento de óleo de soja (+US$ 40,7 milhões). Mesmo assim, no agregado do ano, apresenta avanços de 27%, sob 2020, e de 53%, sob 2019.

Colaborou para o aumento das exportações na indústria de transformação gaúcha, em agosto, a maior demanda de compras da China, o principal destino das vendas do estado. Em comparação ao mesmo mês de 2020, foram mais 174,6% ou US$ 847,4 milhões. O resultado pode ser explicado por duas partes. A primeira é a parte atípica, com as vendas dos segmentos de máquinas e equipamentos, que exportaram US$ 41,1 milhões em aparelhos para filtragem ou depuração de gases, e US$ 50,7 milhões em compressores e bombas centrífugas; e de produtos de metal, contabilizados US$ 89,1 milhões em exportações de reservatórios de ferro/aço. A segunda parte desse crescimento compreende os setores que comercializam normalmente com a China, como celulose e papel, mais US$ 26,2 milhões; e alimentos, mais US$ 20,3 milhões; e o bom resultado de soja em grãos, mais US$ 615,4 milhões. Os Estados Unidos, segundo destino, cresceram 36,1%, com as vendas de celulose e papel, produtos de metal e couro e calçados. Por fim, a demanda da Argentina, terceiro comprador do Rio Grande do Sul, também subiu comparada a agosto de 2020: 27,1%, especialmente nos setores de químicos, borracha e plásticos, couro e calçados.

Pelo lado das importações, em agosto o estado adquiriu US$ 1,2 bilhão em mercadorias, configurando uma demanda 81,7% maior em relação ao mesmo período do ano passado. Destacam-se as importações de bens intermediários, mais US$ 334 milhões; e de combustíveis e lubrificantes, mais US$ 138,4 milhões. No acumulado do ano, o Rio Grande do Sul importou US$ 7 bilhões, valor 43,7% superior ao mesmo período de 2020, principalmente bens intermediários (+US$ 1,65 bilhão) e bens de capital (+US$ 455,8 milhões).

 - Divulgação
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