Expectativa é de uma economia mais fortalecida em 2019 no Brasil e no RS
FCDL-RS projeta cenários mais otimistas para o país e o estado no ano que está começando
Antecipar o futuro no Brasil não é uma das tarefas mais gratas e precisas. Ao contrário da maioria dos outros países, no nosso as decisões governamentais têm maior impacto na economia e na sociedade, dada a grande presença do Estado no dia a dia das relações privadas. Por isso, a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul – FCDL-RS, espera que os novos governantes, tanto na esfera federal quanto estadual, apostem na redução da participação estatal no setor econômico.
“Se a linha de conduta prometida pelo presidente Jair Bolsonaro de diminuir a participação do Estado nas relações privadas for implementada, acreditamos que 2019 possa se revelar um ano positivo para a economia brasileira. No Rio Grande do Sul esperamos que o governador Eduardo Leite tenha a mesma determinação, pois agindo dessa forma dará grande contribuição para que o nosso estado volte a se desenvolver”, destaca o presidente da FCDL-RS, Vitor Augusto Koch.
Avaliando alguns aspectos que podem fazer a economia brasileira crescer em 2019, o presidente da FCDL-RS, ressalta que a estabilidade da inflação e a taxa básica de juros continuando no atual patamar de 6,5% ou até menor, devem colaborar de forma decisiva para o incremento econômico do país nesse ano e nos próximos.
“Outro aspecto importante é que o novo governo assume com elevado apoio da classe empresarial brasileira. Caso as decisões nos primeiros 100 dias de governo forem coerentes com a linha política propugnada na campanha eleitoral, a taxa de investimento privado deve aumentar muito em 2019”, enfatiza Vitor Augusto Koch.
O dirigente lembra, ainda, que a redução da SELIC deve ter seu benefício estendido para o mercado de crédito, possibilitando a diminuição dos juros para o investimento e o consumo.
A FCDL-RS acredita que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro tenha um crescimento entre 2,5% e 3,5% em 2019, ficando a expectativa de uma alta entre 4,5% e 7% nas vendas no varejo.
Para o Rio Grande do Sul as projeções apontam uma perspectiva de recuperação do preço internacional das commodities exportadas pelo estado, especialmente soja e proteínas animais, além da previsão de aumento de safra (produtividade), compensando o aumento de custos de insumos para plantio. São fatores que, geralmente, repercutem de forma positiva na economia gaúcha, representando, igualmente, uma aceleração das vendas do varejo.
Há, ainda, a expectativa de que ocorra a sustentação do crescimento do consumo de produtos duráveis e a recuperação da empregabilidade estadual.
Em relação ao crescimento do PIB gaúcho para 2019, a FCDL-RS projeta três cenários. O pessimista aponta crescimento de 2,1%. O realista, 3,7%. E o otimista, 6%. Em qualquer um destes cenários, é muito provável que ao final de 2019, o Rio Grande do Sul ainda esteja "devendo para a recessão", especialmente no setor industrial.
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