Economia

Coronavírus reduz pela metade movimento em restaurantes

A estimativa é dos proprietários de quatro dos principais estabelecimentos em Flores

As medidas de distanciamento social adotadas em razão da Covid-19 reduziram pela metade o movimento nos restaurantes de Flores da Cunha. A estimativa é dos proprietários de quatro dos principais estabelecimentos ouvidos pelo Jornal O Florense, que tiveram de se adequar aos decretos vigentes para continuarem funcionando e, ao mesmo tempo, garantir a segurança de clientes e colaboradores.

“Estamos vivendo uma nova realidade, um período de adaptação. Quem não estava com os pés no chão, talvez esteja sofrendo mais”, salienta o gerente administrativo do restaurante Dona Dina (foto abaixo), Régis Pradella.

Para manter o negócio em funcionamento após permanecer fechado por 10 dias, em março, Pradella renegociou o valor do aluguel onde o imóvel está instalado, suspendeu a abertura aos domingos e readequou o quadro de funcionários. Mesmo assim, a queda no faturamento foi de aproximadamente 60%, percentual que chegou a quase 70% em abril e março, conforme o gestor. Apesar da crise, Pradella é otimista. “Estamos otimistas por estar com a porta aberta”, comemora.

Outro que viu o movimento despencar pela metade foi o Restaurante Ferronatto. Para evitar demissões, o negócio aderiu à suspensão de contrato e redução de jornada da equipe, enquanto o fluxo não dá sinais de melhora. Além disso, o restaurante passou a apostar também na entrega de marmitas, uma vez que os clientes têm preferido fazer as refeições em casa ou no trabalho.

“Por pelo menos mais uns dois meses deve continuar do jeito que está”, acredita o administrador do restaurante, César Ferronatto, lembrando que em março e abril o movimento oscilou entre e 20% e 30% do normal, antes da pandemia.

Proprietário do Casa Nostra, Flademir Longhi acredita que o fluxo no restaurante deve aumentar somente com o retorno das aulas presenciais, previstas para setembro. Assim como em outros estabelecimentos, conforme Longhi, muitos clientes têm optado por solicitar a refeições por tele-entrega ou retirando os alimentos no local para comer em casa. “Os dois primeiros meses foram bem complicados. Baixou 80% mais ou menos. Em maio deu uma reagida. Em 32 anos que estamos à frente do restaurante, nunca tínhamos passado por uma crise tão forte”, lembra o empresário.

Após um período fechado, o Clô Restaurante, localizado na Vinícola Luiz Argenta, reabriu para almoços há pouco mais de uma semana com apenas 50% da capacidade total. A gerente de Marketing, Daiane Argenta, explica que, para evitar o acúmulo de pessoas, foram adotados três horários diferentes para almoço: às 12h, às 13h e às 14h. Assim, as reservas das cerca de 60 pessoas atendidas diariamente são distribuídas entre as opções, controlando o fluxo e fazendo com que não haja aglomerações.

“Temos capacidade para até 120 pessoas no salão, mas estamos atendendo até, no máximo,

60, intercalando as mesas ocupadas para manter a distância necessária. Reforçamos muito a limpeza, passando álcool com frequência em todas as superfícies, e também solicitamos que os clientes só retirem a máscara no momento da refeição. Os funcionários ganharam máscaras e os garçons estão usando luvas. Temos muito cuidado como os funcionários pelo fato de recebermos pessoas de outras regiões do Estado e de fora”, afirma Daiane.

As visitas guiadas com degustações foram retomadas no feriadão, com capacidade reduzida de 15 para oito pessoas por grupo, no máximo.

Decreto estadual estabelece que pratos devem ser servidos por um funcionário do restaurante, para evitar a transmissão do vírus. Na foto, o Casa Nostra - Foto Gabriela Fiorio / Arquivo OF
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