Economia

Cenário mundial das gráficas frente à pandemia

No Brasil setor luta para ser considerado essencial à economia

A pandemia de coronavírus impacta sobremaneira o segmento gráfico não apenas no Rio Grande do Sul e no Brasil, mas em todo o mundo. Uma pesquisa realizada pela consultoria de mercado global Quocirca, especializada na área de impressão, revela que os volumes de impressão na maioria dos segmentos estão em declínio acentuado. Um total de 66% dos executivos do ramo revelou que a Covid-19 afetou significativamente seus negócios e 3% afirmam que a crise é crítica. 77% cortaram custos e investimentos no período. O estudo teve respostas de empresários da Europa (44%), Estados Unidos (27%) e outras regiões (29%).
Uma das bandeiras do segmento é obter o reconhecimento dos governos como serviço essencial à produção, de modo que todas as companhias possam se manter de portas abertas durante a crise. O Sindigraf-RS já fez este pleito ao governador do Estado, Eduardo Leite; ao prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan, e à Federação dos Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs). A mesma luta é levada adiante pela Associação Brasileira das Indústrias Gráficas (Abigraf Nacional).

Perspectivas para o futuro
O estudo da consultoria Quocirca revela que, apesar do impacto significativo em seus negócios, existe um otimismo cauteloso entre os profissionais da indústria de impressão de que a crise sirva para impulsionar a inovação em seus processos, produtos e serviços. À medida que as práticas de trabalho passam do escritório para a casa, a pandemia está potencialmente sinalizando uma mudança mais rápida do papel para os processos digitais. Com os profissionais em trabalho remoto se acostumando a atuar digitalmente, os fornecedores e seus canais estão tendo que adaptar seus serviços.
A demanda por colaboração e serviços na nuvem é esperada por nove em cada dez empresários do setor que responderam à pesquisa. 35% esperam um retorno ao normal num prazo de seis meses a um ano e 21% acreditam que os negócios não serão mais como eram antes. 57% afirmam que transformarão seu modelo de negócio e 47% contam que trarão novos produtos ou serviços ao mercado.
No âmbito estadual, o presidente do Sindigraf-RS, Roque Noschang, alerta que o futuro das gráficas e da economia em geral dependerá muito das estratégias de saída de isolamento e de seu sucesso em manter afastadas as ondas subsequentes do vírus. “Como as empresas do setor necessariamente dependem do costume de outros setores, qualquer aumento na atividade econômica deve resultar em aumento da demanda por impressão”, diz. “No entanto, nesta fase, podemos apenas especular sobre a velocidade e extensão dessa recuperação, bem como o impacto total da Covid-19 em diferentes subsetores e cadeias de suprimentos da indústria de impressão”.
Fonte: Sindigraf RS
 

 - Markus Spiske/ Divulgação
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