Economia

Caixa libera R$ 43 bilhões para setor imobiliário

Recursos são válidos para a compra de imóveis novos ou usados ou então para construção

O mercado imobiliário, bem como a grande parte dos setores econômicos, está buscando entender como será um futuro após o novo coronavírus, isolamento social e paralisações. O ponto é que o imóvel sempre foi – e continua sendo –, um ativo mais ‘seguro’ do que ações na Bolsa de Valores, por exemplo. E isso ganha evidência em meio a tantos períodos de incertezas.

É difícil prever quando e como haverá uma retomada dos negócios, mas mesmo antes do temor com a Covid-19, o Governo Federal já vinha incentivando o mercado imobiliário com juros menores (em empréstimos). A medida mais recente surgiu no início de abril e passou a valer na segunda-feira, dia 13. Agora, a Caixa Econômica Federal coloca à disponibilização do setor imobiliário R$ 43 bilhões em recursos.

O dinheiro servirá tanto para novos contratos de financiamento imobiliário quanto para contratos já em andamento, de pessoas e construtoras. Dos R$ 43 bilhões anunciados, haverá concessão de carência de seis meses para pessoas físicas e jurídicas na contratação de novos empréstimos para a compra e a construção de imóveis. Vale ressaltar que esses recursos são válidos para a compra de imóveis novos ou usados ou então para construção. Mesmo que a compra de terrenos não tenha o incentivo diretamente, construir sua casa pode ficar mais fácil por meio desses recursos. Conforme o gerente comercial da Olimóveis Urbanismo, Felipe Lazzeri, o recurso disponibilizado pela Caixa nesta semana trouxe estímulo para quem está procurando comprar um imóvel. “O mundo vive um período cheio de incertezas e ações como esta também geram oportunidades para que o consumidor faça uma boa compra, com condições de pagamento e taxas mais atrativas. Para a Olimóveis, a expectativa é que a procura aumente nesta modalidade, já que é possível o cliente adquirir o terreno e, em pouco tempo, estar morando na sua própria casa”, explica.

As construtoras poderão também solicitar a antecipação de 20% dos recursos na contratação de crédito para novos empreendimentos. O banco também permitirá às construtoras que já têm obras em andamento solicitarem a antecipação de recursos referentes aos três meses seguintes. A medida ajuda a dar fôlego para as empresas, uma vez que, no setor de construção, a liberação dos recursos para a construção é feita a cada mês, de acordo com o andamento da própria obra.

A Caixa também anunciou que pessoas e empresas terão o direito de fazer um pagamento parcial das parcelas dos financiamentos imobiliários – o banco já vem concedendo pausa nos empréstimos por conta da crise. No meio de março, logo que a crise estourou, a Caixa concedeu dois meses de paralisação nos pagamentos. Mais tarde, ampliou essa pausa para três meses.

Para evitar demissões

Ao todo, o pacote para o setor imobiliário inclui dez medidas. Em contrapartida, as empresas não poderão demitir seus empregados. “Se necessário, vamos ampliar as linhas de crédito. O foco é ajudar construtoras de todos os tamanhos, mas não aceitaremos demissão. Estimamos 1,2 milhão em empregos na construção que serão mantidos com medidas como essa”, disse o presidente da Caixa, Pedro Guimarães.

 - Arquivo O Florense
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