Economia

A partir de hoje, dia 10 de março, os trabalhadores nascidos em janeiro e fevereiro e que têm contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) terão acesso ao benefício. Em Flores da Cunha são 9.760 trabalhadores que poderão fazer o saque, inserindo na economia do município mais de R$ 9,5 milhões até julho, quando o cronograma de pagamentos se encerra. Em Nova Pádua são 141 trabalhadores, totalizando R$ 83 mil. Para atender a esses trabalhadores, a agência da Caixa de Flores da Cunha abre suas portas mais cedo: às 8h – hoje, dia 10, segunda e terça-feira, dias 13 e 14. Neste sábado, dia 11, o expediente será das 9h às 15h, com atendimento exclusivo referente ao FGTS.

Os trabalhadores podem sacar valores de até R$ 1,5 mil no autoatendimento, somente com o número do PIS e senha do Cartão Cidadão. Para valores até R$ 3 mil o saque pode ser realizado com o Cartão do Cidadão e senha no autoatendimento, lotéricas e correspondentes Caixa. Acima de R$ 3 mil, os saques devem ser feitos nas agências Caixa. A gerente-geral da agência de Flores da Cunha, Anamaris Cardoso Mascarello, explica que esses limites correspondem a cada conta inativa. “Por exemplo, se o trabalhador possui três contas inativas, e cada uma corresponder a R$ 3 mil, ele poderá sacar o total no autoatendimento. O limitador de valores é por conta inativa, a soma pode passar desses valores”, explica.

Para facilitar o atendimento, os trabalhadores devem sempre ter em mãos o documento de identificação e Carteira de Trabalho, ou outro documento que comprove a rescisão de seu contrato. Para valores acima R$ 10 mil é obrigatória a apresentação de tais documentos. Podem sacar os trabalhadores que pediram demissão ou foram demitidos por justa causa até 31 de dezembro de 2015, estando ou não fora do regime do FGTS, respeitado o calendário publicado pela Caixa (www.caixa.gov.br/contasinativas).

Como aproveitar

Tão importante quanto sacar o dinheiro é escolher bem seu destino, seja colocar em dia as contas atrasadas ou investir com segurança. De acordo com o professor e doutor em finanças Roque Zin, a primeira recomendação é a quitação de dívidas, principalmente aquelas que estão sendo oneradas com o pagamento de juros. “A segunda dica é buscar aquelas dívidas que podem ser renegociadas ou antecipadas com um desconto. Nesses casos também vale a pena renegociar o débito”, indica.

Em tempos de crise e desemprego não convém sair gastando, por isso é preciso usar de forma planejada o dinheiro e, quem está mais folgado, pode pensar em investir. “Nesses momentos econômicos mais instáveis é bom ter uma reserva, por isso quem não tem dívidas pode pensar em uma poupança ou até em fundos em investimentos. Esses fundos geralmente têm uma rentabilidade maior, mas não devem ser usados como alternativa de curto prazo. A tributação dos fundos varia com o passar do tempo, reduzindo gradativamente. Se o trabalhador investir em um fundo para sacar em um tempo muito curto, provavelmente ele vai perder em rentabilidade. Então, se for um investimento para curto prazo (menos de seis meses) a poupança é o mais recomendável. Para prazos mais longos vale a pena buscar outra modalidade”, orienta o consultor.

Independente da situação, o importante é fazer o saque, pois deixar o dinheiro parado é sinônimo de desperdício, uma vez que o rendimento do FGTS é o mais baixo do sistema financeiro – 3% ao ano mais Taxa de Referência (TR) para contas inativas.