Economia

Black Friday com a bola toda

Copa do Mundo aumenta a procura por televisores e smartphones, que devem ser os itens mais comercializados na data deste ano

A quarta sexta-feira de novembro chegou e, com ela, a já tradicional Black Friday. Uma estratégia para movimentar as vendas que surgiu com os norte-americanos e visa incentivar os consumidores a comprar, a partir de descontos em diferentes mercadorias. A ação deu tão certo que, com o passar do tempo, se popularizou entre os países, mas, por aqui, só se consolidou nos últimos anos.   
“Em Flores da Cunha, a campanha Black Friday vem ganhando corpo especialmente nos últimos três, quatro anos, de uma forma mais expressiva, com um trabalho maior por parte dos lojistas”, informa o presidente da CDL florense, Jásser Panizzon, ao mesmo tempo em que observa que a maioria dos estabelecimentos passou a aderir à campanha.
Além do envolvimento dos comércios, Panizzon nota uma movimentação e um interesse maior por parte da população: “Ela (Black Friday) veio para ficar, até porque o conceito dela, de ser realizada no final do mês de novembro, de antecipar compras de Natal, de renovar estoque para o ano que vem para que se faça um balanço, vem nesse sentido e tem mudado o comportamento, seja do consumidor ou do lojista”. 
Segundo o presidente da entidade, esses aspectos são os principais motivadores para que a data continue crescendo e se consolidando ainda mais entre os florenses. Fato que pode ser vislumbrado na expectativa desse ano, que é de uma elevação surpreendente no volume de compra: “Uma pesquisa da Federação Varejista do Estado do Rio Grande do Sul aponta que 79% dos consumidores pretendem fazer compras em Black Friday”, revela, acrescentando que esse número indica uma intenção de compra e um ticket maior do que o destinado para o Natal. 
No entanto, as compras realizadas agora não devem interferir nas que serão efetuadas no fim de dezembro, afinal, os produtos costumam ter focos diferentes: “No Natal a gente tem algo mais voltado para presentear, então tem roupa, calçado, cosmético. Já a Black Friday é a oportunidade de comprar itens que tenham um preço maior e que vão estar com desconto, por exemplo, a linha branca com geladeira, forno, máquina de lavar, secadora. Especialmente neste ano, soma-se a Copa do Mundo, então também há uma expectativa de eletroeletrônicos com vendas aquecidas”, prospecta Panizzon. 
A mesma perspectiva é compartilhada pela Gerente Comercial da loja taQi de Flores da Cunha, Franciele Lima, de 39 anos. De acordo com ela, as promoções pré-Black Friday e a Copa do Mundo já estão movimentando a loja e aumentando a venda de televisores e smartphones, que costumam estar entre os itens mais comercializados na data, ao lado de materiais de construção e móveis. “A expectativa é enorme, pois a Black Friday é considerada a segunda maior e mais importante data varejista, atrás apenas do Natal. Tendo em vista que, após dois anos pandêmicos em que ficamos em casa reclusos, teremos a oportunidade de ter presença física na loja, isso faz uma enorme e significativa diferença. Preparamos ofertas exclusivas aos nossos clientes, teremos toda a loja com condições especiais e um grande estoque de produtos para retirada imediata”, empolga-se Franciele. 
A gerente do estabelecimento florense há dois anos lembra que a taQi sempre procurou participar das ações da campanha e acredita, inclusive, que as ofertas pré-Black Friday poderiam ser mais exploradas antes da quarta sexta-feira do mês e em mais segmentos. “As compras são muito positivas, pois temos um intenso fluxo de pessoas e é uma das datas mais esperadas pelos consumidores, na qual os preços são atrativos e competitivos com o mercado, tornando-se possível a aquisição daquele produto tão desejado e, até mesmo, possibilitando a realização de um sonho”, destaca Franciele. 
Mas não é somente a venda de eletroeletrônicos e itens para casa que fazem sucesso na Black Friday. A data é super democrática e abrange os mais variados segmentos, entre eles a alimentação, artigos de higiene e produtos de limpeza, itens que fazem parte do dia a dia das pessoas e podem ser encontrados em supermercados, como o Andreazza, por exemplo.
“É uma data muito importante para o comércio varejista, na qual as pessoas buscam ofertas para se abastecer para as festas de final de ano e para o verão. Os itens mais procurados costumam ser os que têm maior possibilidade de utilização com o tempo, como produtos de limpeza e higiene pessoal”, explica o Head de Marketing do Grupo Andreazza, Felipe Andreola, de 51 anos, acerca do sucesso da campanha – realizada na rede pela primeira vez em 2017. 
Conforme Andreola, de lá para cá, todos os anos as vendas crescem em comparação ao anterior, já que muitas pessoas percebem a vantagem das ofertas anunciadas e compram em maior volume: “A data é uma iniciativa de cada lojista para se promover e realizar suas ações de marketing. Mas, não adianta querer enganar o consumidor com ofertas fake. Tem que dar vantagem real ao cliente”, conclui, reafirmando o compromisso da marca com seus consumidores.

Comércio florense entra no clima e promove descontos. - Karine Bergozza
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