Economia

Balança comercial registra o menor superávit em cinco anos

No comparativo com 2018, houve uma queda de 67,2%. É o menor índice desde 2015

Seguindo a tendência nacional, a balança comercial florense teve, em 2019, o menor superávit desde 2015. O saldo ficou positivo em US$ 6,07 milhões, um recuo de 67,2% no comparativo com o ano de 2018 – se as exportações superam as importações o resultado é de superávit, se ocorre o contrário é de déficit. Segundo o Ministério da Economia, o recuo é explicado pela queda no valor das exportações, menor crescimento da economia e do comércio mundial. Além disso, também sofreu as consequências da crise econômica na Argentina, entre os principais compradores de produtos florenses, e a guerra comercial entre Estados Unidos e China. 
De acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Economia, no período de janeiro a dezembro de 2019, as indústrias locais exportaram US$ 36,9 milhões. Nos 12 meses anteriores, as vendas para outros países responderam por US$ 44,2 milhões. Uma queda de 16,4%, puxada especialmente pelo setor moveleiro, que recuou em 10,3%. Os móveis seguem sendo o principal produto vendido externamente e representaram, em 2019, 36% do total de itens florenses exportados. Foram US$ 13,4 milhões. Na sequência, aparecem as partes de veículos e acessórios com uma representatividade de 16% e um valor em compras de US$ 5,8 milhões. Em seguida estão os vinhos, com 10% de representação, e valor de US$ 3,4 milhões. Todos os três principais produtos exportados tiveram redução no comparativo com 2018. Nas exportações, tiveram aumento as máquinas e aparelhos para peneirar/selecionar com 43,9% de crescimento e representatividade de 3,6% e o álcool etílico com ascensão de 10,5% e 5,3% de participação. 
O principal destino dos produtos ‘made in Flores’ foi para o Reino Unido – queda de 18,1% em relação a 2018, Argentina – menos 21% – e Paraguai – redução de 11%. Os países que passaram a comprar mais produtos locais foram o Chile – aumento de 17% –, Uruguai com 30,5% e Haiti com 7,8%. De acordo com os números do Ministério, 48 empresas sediadas em Flores da Cunha realizaram exportações em 2019. Por questões de sigilo fiscal/empresarial e seguindo a Constituição Federal, o Ministério não divulga mais o valor exportado por cada empresa e o país de destino. 

Importações
Se as exportações diminuíram no ano que passou, as importações tiveram um crescimento de 20,2% no comparativo com 2018 e têm crescido exponencialmente desde 2016. Em 2019, a chegada de produtos importados ao mercado florense atingiu os US$ 30,9 milhões, ante US$ 24,7 milhões do ano anterior. Os dados do Ministério da Economia apontam que 57 empresas florenses importaram produtos estrangeiros no ano que passou, o que somou um volume de aquisições em 18 milhões de quilogramas líquidos. 
As principais compras foram os produtos laminados, que com uma participação de 10% nas importações, tiveram um aumento de 23,7%. Mas os itens que mais tiveram aumento foram a aquisição de garrafões e garrafas com crescimento de 236% e uma participação de 9,4% e as máquinas e ferramentas com ascensão de 1,224% e uma representatividade de 7,4%. 
Em 2019, a China se manteve como o principal destino de compra, embora houve uma redução de 9,2% nas aquisições – valor de US$ 7,7 milhões e 25% no total de participação nas importações. Na sequência aparecem Itália (US$ 5,7 milhões) e Estados Unidos (US$ 3,3 milhões). 

Expectativas para 2020

A expectativa do mercado financeiro para este ano é de nova piora do saldo comercial, segundo pesquisa realizada pelo Banco Central com mais de 100 instituições financeiras. A previsão dos analistas dos bancos é de um superávit de US$ 39,40 bilhões nas transações comerciais do país com o exterior para 2020. O Banco Central, por sua vez, prevê um superávit da balança comercial de US$ 32 bilhões neste ano – com exportações em US$ 225 bilhões e compras do exterior no valor de US$ 193 bilhões.
O Ministério da Economia, que não divulgou projeção para o saldo comercial de 2020, avaliou que o "menor dinamismo" do comércio internacional deve ser visto como um "fenômeno estrutural e não cíclico" e que a Argentina "continuará sendo um fator negativo".
 

Principais produtos exportados em 2019

- Móveis e suas partes – US$ 13,4 milhões
- Partes e acessórios automotivos – US$ 5,8 milhões
- Vinhos e uvas – US$ 3,7 milhões
- Cábreas e guindastes – US$ 2,7 milhões
- Motores e máquinas motrizes – US$ 2 milhões

Principais produtos importados em 2019

- Produtos laminados planos de ferro ou aço – US$ 3,1 milhões
- Garrafas e garrafões – US$ 2,9 milhões
- Guarnições e ferragens – US$ 2, 28 milhões
- Assentos transformáveis – US$ 2,12 milhões
- Barras de ferro ou aço – US$ 1,8 milhão
 

 - Arquivo OF
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