Vitor Hugo Zenatto

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A seleção de futebol feminino não vai bem

Na nona edição da Copa do Mundo FIFA da modalidade disputada na Austrália e Nova Zelândia a equipe foi eliminada ainda na primeira fase

A seleção brasileira de futebol feminino foi muito mal na nona edição da Copa do Mundo FIFA da modalidade disputada na Austrália e Nova Zelândia, sendo eliminada, ainda na primeira fase, e limitando sua participação a uma vitória sobre a fraca seleção do Panamá, perdendo para a França e empatando com a Jamaica, o que determinou que se classificassem, no seu grupo, França e Jamaica. Em que pese o investimento maior nessa edição, técnica estrangeira e grande visibilidade das atletas brasileiras ficou evidente que o trabalho deverá ser feito de forma diferente para os próximos períodos, dotando a seleção de maior efetividade nos confrontos com seleções de maior expressão, sem o que conquistas importantes não vão ocorrer, podendo os resultados negativos determinar uma desmotivação para a prática da modalidade esportiva no Brasil. Evidente a necessidade de mudanças.

Copa Libertadores da América

A 64ª edição da Copa Libertadores da América, agora em sua fase de oitavas de final, aponta, novamente, para uma predominância dos clubes brasileiros, que em comparação com as demais equipes da América Latina, apresentam maior capacidade de investimento, que se reflete nos resultados. Na fase de oitavas de final temos Fluminense, Athletico Paranaense, Internacional, Palmeiras, Atlético Mineiro e Flamengo, que sinalizam para mais uma final entre clubes brasileiros. O confronto dos brasileiros mais complicado, teoricamente, é o do Internacional com o River Plate, que no primeiro confronto foi batido de virada pelo placar de 2x1 para os argentinos, precisando vencer o confronto em Porto Alegre por dois gols de diferença, ou de um gol para a disputa por penalidades. O interesse na Copa Libertadores é motivado pela alta remuneração aos clubes, especialmente nas fases finais da competição, onde o campeão receberá a quantia de 28,05 milhões de dólares, sendo que nesta edição, cada vitória importa em um prêmio extra de 300 mil dólares. No total, a Conmebol, que organiza a competição, distribuirá entre os clubes participantes a cifra 207,8 milhões de dólares, o que é uma receita muito relevante para os clubes que participam.

O Brasil no Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos

Em sua vigésima edição, o Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos, realizado em Fukuoka, no Japão, organizado pela Federação Internacional de Natação no período de 14 a 30 de julho de 2023, registrou participação muito ruim dos atletas brasileiros, sem resultados sequer médios nas diversas modalidades. A natação é um esporte olímpico e de grande importância no atletismo, ao que, tomando-se a nossa realidade local não se visualiza um maior investimento ou despertar de interesse de clubes, associações e poder público em desenvolver atletas para tal esporte. Sequer dispomos, na região, de piscinas com padrão de competição, qual seja, de 50 metros de comprimento e 25 metros de largura que é o requisito primeiro e essencial para se iniciar atletas interessados na modalidade, e obviamente, treinamento qualificado. Dentre as tantas necessidades de infraestrutura para esportes que faltam, a natação é mais uma, mas que merece atenção pois pode ser popularizada e criar grandes oportunidades de inclusão, bem como de valorização de jovens atletas, especialmente através dessa modalidade esportiva.