Não pude comparecer ao festival de blues em Flores da Cunha, mas confesso que ouvi inúmeros elogios

Turismo 

Não pude comparecer ao festival de blues em Flores da Cunha, mas confesso que ouvi inúmeros elogios e pude conversar com diversos turistas que muito elogiaram a cidade. Outro evento realizado nos últimos dias foi o da empresa de móveis Florense. Em ambas as ocasiões pude perceber a grande ocupação dos hotéis, e muitos turistas tiveram que se deslocar, inclusive, para outro município para dormir. Temos um amplo espaço nos Pavilhões da Vindima para a realização de eventos. Já pensou em um deles por mês no município? O turismo cresce. Faz tempo que venho ‘papagaiando’ este assunto na coluna. O tema foi, inclusive, abordado pelo vereador Angelo Boscari Junior (PDT), que tem como uma de suas bandeiras a cultura.

Binário

Dita muitas vezes nos últimos dias, a palavra ‘binário’ chegou como uma divisora, tanto de opiniões como de críticas e elogios. O assunto já é rotineiro entre rodas de amigos e, principalmente, para os motoristas. Para aqueles que não nasceram com o dom de fazer baliza, a mudança ficou péssima, disse, de forma irônica, uma leitora. O tema foi pauta no Legislativo nas falas do vereador Clodo Rigo, do Progressistas. Clodo iniciou falando sobre as mudanças, principalmente aquelas que trazem um impacto direto nas pessoas, em referência ao binário: “Todos vocês aqui são testemunhas de quantos técnicos e quantas pessoas entendidas nós temos em Flores da Cunha. Entendidas em trânsito e mobilidade urbana”. O edil ainda destacou que todo o processo de implantação do binário foi elaborado por uma empresa especializada. Sobre a mudança das rotas dos ônibus, Clodo também apresentou os seis pontos de embarque dos ônibus. O vereador, ainda, explanou a situação do transporte interurbano, especialmente nas comunidades mais afastadas da área urbana do município, citando como exemplo a comunidade de São Gotardo, onde o mesmo reside. 

Uma quase rodoviária 

Polêmica foi o que não faltou nos últimos dias. Muitos confundem, mas estamos sem rodoviária há muito tempo. O que tínhamos era uma sala comercial na Avenida 25 de Julho, gerida pela Caxiense. Porém, a empresa fechou o local e a venda de passagens passou a ser realizada em outro estabelecimento, tendo em vista que os ônibus não podem mais transitar na via em função do novo binário de trânsito. Contudo, o novo local da compra das passagens não tem agradado muito a vizinhança e um dos principais motivos é a forma na qual os motoristas da empresa estacionam os ônibus, praticamente no meio da rua, o que gera uma fila de carros e, segundo relatos de alguns moradores, atrapalha a entrada dos carros no prédio. Em duas sessões da Casa Legislativa, moradores do prédio que abriga o estabelecimento que vende as passagens foram até a Câmara de Vereadores cobrar por uma solução e solicitar a mudança do ponto. 
A importância de uma parada ao estilo ‘rodoviária’ é fundamental, pois diversos passageiros são idosos e precisam de um local para sentar, inclusive, com banheiros e comodidade, o que no momento está sendo oferecido pelo ponto de venda de passagens. Porém, uma lanchonete ao lado do estabelecimento também está servindo, muitas vezes, como sala de espera, onde os passageiros entram no local para ocupar o banheiro e as mesas, sem consumir, tirando o espaço do público que consome. Isso não pode acontecer, pois o estabelecimento precisa de lucro e não pode ser um ‘quebra galho’ dos passageiros. 
Em conversa com o vereador Clodo Rigo, o mesmo informou que a prefeitura busca um local adequado para os ônibus e que o ponto atual é provisório.

Enxugando gelo

Deve ser ruim para os prefeitos terem que tratar assuntos do município junto a esfera estadual e em nada resultar. Me refiro a ida do prefeito César Ulian (Progressistas) a Porto Alegre, em visita ao secretário de Parcerias do estado reivindicado a manutenção do passe livre na Praça de Pedágio para os moradores cadastrados. O novo contrato assinado não obriga a concessionária a conceder o desconto. Prefeitos de outras cidades reivindicam tais isenções também, mas a negociação contra as concessionárias e o governo estadual parece ser impossível e os municípios, ignorados.

O custo do Binário

Muitos pensam que a idealização da implantação do binário de trânsito no município foi feita em uma mesa composta por duas ou três pessoas portadas de papel e caneta, ou até mesmo de lápis e borracha, e através de sua imaginação resolveram desenhar o novo trânsito de Flores da Cunha. Mas não é por aí. Para que o sistema de trânsito fosse implantado, duas etapas foram necessárias. Primeiro um estudo que foi realizado pela empresa CDTRAN Serviços de Consultoria, Assessoria e Planejamento, que teve contrato de vigência do estudo por cerca de um ano, pelo valor de R$ 63.798,75. A empresa tem especialidade em mobilidade urbana e trânsito. A segunda parte, que é a da execução das mudanças, ficou de responsabilidade da SINASC Sinalização, que já prestou diversos serviços para o município. A contratação da empresa para a realização do Binário  ficou no valor de R$ 527.530,10.

Do chão para a parede

A última quarta-feira, dia 15, foi marcada pela realização de uma pauta que vinha sendo cobrada há meses pelo vereador de oposição Vitório Dalcero, do MDB, junto ao Executivo municipal. Ainda no ano passado a galeria de ex-prefeitos, que ficava no hall de entrada da prefeitura, foi retirada para ser colocada em um novo local. Porém, até que a galeria não fosse recolocada, por diversas vezes o edil fez questionamentos durante as sessões da Câmara de Vereadores, alegando que a retirada dos quadros era algo desrespeitoso com os ex-chefes do Executivo e que os mesmos retratavam a história de Flores da Cunha. 
Os quadros com as fotos dos ex-prefeitos chegaram a ficar no chão, como podemos ver na foto o retrato do ex-prefeito Alberto Walter de Oliveira (MDB). 
Na última quarta-feira, nas redes sociais da prefeitura municipal, foi divulgada a instalação da nova galeria, que fica na entrada do gabinete do prefeito.