Durante um jantar, um vereador mostrou certo desânimo quando falávamos sobre campanha eleitoral

Durante um jantar, um vereador mostrou certo desânimo quando falávamos sobre campanha eleitoral. Questionei o motivo do tal esmorecimento em relação ao assunto e o edil relatou estar com poucas lideranças partidárias ao seu lado para fazer campanha para um determinado deputado federal. Curioso pelo motivo? O parlamentar foi um dos que mais enviou recursos para o município e, inclusive, pessoas ligadas ao gabinete também estão um pouco “tristes” com a falta de “reconhecimento” dos correligionários. Óbvio, não citarei o partido, muito menos o deputado, pois diriam que eu estaria fazendo campanha. Porém, cabe uma bela reflexão perante tal pauta. Somos democratas, cada cidadão tem seu direito à livre escolha ao voto e apoio, mas não seria interessante apoiarmos quem defenda as causas do nosso município independente da sigla? Se examinarmos os números das eleições, logo concluímos que muitos parlamentares que aqui tem notório resultado nas urnas, sequer lembram da cidade, nunca nos visitaram ou receberam nossas lideranças. Partidos a parte, devemos dar atenção para quem nos apoia e nos valoriza, pois somos conhecedores do quão importante são as emendas parlamentares. Caro leitor, não sejamos ingênuos, parlamentares precisam de retorno em apoio e votos, e sem ambos, acabam mudando de região. No findar do jantar questionei quem os demais vereadores apoiariam e a resposta foi: “deputados que nunca enviaram nada para Flores”. Nos bastidores são os chamados “fazedores de votos que caem de paraquedas”.

Defesa
No grande expediente, o vereador Clodo Rigo (Progressisstas) fez um discurso em defesa do governo, no qual rebateu algumas críticas sobre o tema da experiência, pauta de outras sessões, inclusive. “O governo é um governo novo, essa Casa aqui teve experiência o ano passado? Sete vereadores novos. Nós tivemos que se adequar, quem estava chegando entender como é o funcionamento da Casa. E no Executivo não foi diferente, dos nove secretários apenas um estava na administração passada, oito secretários novos, prefeito e vice-prefeito novo”. Clodo enfatizou, ainda, as obras realizadas até o momento pelo atual governo e fez um destaque muito grande no valor de alguns recursos já investidos, sendo cerca de R$ 29 milhões na saúde e R$ 36 milhões na educação, e ainda fez um apelo junto aos vereadores para que o Legislativo condicione ao prefeito de ter em suas mãos a mesma estrutura física que os governos passados, se referindo ao projeto de criação dos cargos de confiança. “Que nós não sejamos um empecilho ou entravamento, que não deixamos o governo trabalhar”.

Recursos
O prefeito municipal César Ulian (Progressistas) acompanhado do presidente do Legislativo, Angelo Boscari Junior (PDT), embarcou para Brasília na última segunda-feira, dia 14. Foram diversas visitas a gabinetes e, inclusive, ministérios. Até o fechamento desta edição, o prefeito já havia comunicado à coluna a confirmação da indicação de emendas e cadastros nos sistemas no valor de R$ 2,1 milhões para áreas da saúde, Casa do Idoso, pavimentações e recursos para a requalificação da Avenida 25 de Julho. O prefeito também reiterou que o projeto da Avenida foi protocolado no Ministério do Turismo e apresentado ao deputado Marcel Van Hatten (NOVO) para que cadastrasse no seu edital.

Cargos

Na última coluna havia sido publicada a fala do vereador Vitório Dalcero, do MDB, na qual o mesmo citou que Caxias do Sul tinha mais de 120 CCs, onde fez uma comparação com o número de CCs de Flores da Cunha. Teve assessoria de bancada que, em contato com este colunista, disse que eu estaria desinformado e que eu não havia corrigido os dados citados pelo vereador, algo que não o faria, obviamente, pois no momento me referia a fala do vereador. O assunto novamente veio à tona na sessão da segunda-feira, dia 14. No grande expediente, o vereador Clodo expôs ao vereador Vitório que o número exato seria 1029 cargos, incluindo CCs e FGs, sem contar SAMAE, CODECA, IPAM e outras autarquias. Vitório alegou que os números citados eram uma referência apenas aos CCs.

Lordes

Esta semana fui convidado para mais um rotineiro café com uma pessoa do alto escalão do MDB local. Falamos de diversos assuntos, entre eles o polêmico projeto dos CCs e o concurso de requalificação da Avenida 25 de Julho. A mesma pessoa apontou alguns aspectos da atual legislatura e, inclusive, refletiu sobre as legislaturas passadas, onde complementou que atualmente falta muita “leitura” para algumas pessoas que trabalham no Legislativo e que precisam ter conhecimento do regimento interno. O motivo da fala se dá pela tramitação do projeto de pagamento da premiação aos vencedores do concurso da Avenida, que seria votado na segunda-feira, dia 14, e não houve votação. Segundo o emedebista, de acordo com o regimento interno, pelo fato de não ter ocorrido a votação, o Executivo deveria ter enviado um pedido de retirada do projeto e o mesmo deveria ter sido aprovado pelos vereadores, e ainda complementou: “poderiam ter até feito pedido de vistas”.