Rouglan Uliana

Rouglan Uliana

Ensaio Político

"É estudante de Bacharel em Ciência Política pela Uninter e membro do Students For Liberty Brasil. Trabalha como produtor de eventos e comerciante. É engajado na causa política".

Contatos

Mensagens ao leitor

Dificilmente em uma coluna exponho a minha opinião, sou focado na notícia, deixo a opinião com o leitor, mas alguns merecem ouvir a verdade e se colocar em seu devido lugar

Minutos após parte da comunidade ter recebido a notícia, de forma não oficial, que o Jornal O Florense publicaria apenas mais duas edições impressas, comecei a receber inúmeras mensagens, de forma ininterrupta, com alguns ‘prints’ de determinados grupos; o que causou indignação entre um grande número de munícipes, afinal, sempre digo que em todo o grupo político existe o fofoqueiro, aquele que sempre vaza as informações. Claro que, como leitor, logo de imediato, após certas mensagens, me lembrei do escritor italiano Umberto Eco, que dizia que as redes sociais deram voz para alguns imbecis que antes falavam apenas em uma mesa de bar, sem causar danos à coletividade. Falo isso pelas poucas pessoas que ‘comemoraram’ que o jornal iria fechar. Pessoas, inclusive, públicas que deveriam se pronunciar com o mínimo de responsabilidade, noção e maturidade. Comemorar o fechamento de um veículo de comunicação só serve para quem é contra a notícia, contra a verdade dos fatos. Ou, pensando bem: a quem interessa o fechamento de um veículo de comunicação? Será que para alguém que tenha algo a esconder do público? Afinal, quando temos um bom produto, a primeira coisa que queremos é colocá-lo na vitrine, vitrine esta que chamamos de meios de comunicação com credibilidade, como o Jornal O Florense, com 37 anos de história. Trinta e sete anos noticiando fatos políticos, o que, naquela época, alguns que hoje usam as letras do teclado para escrever, talvez nem saberiam pronunciar a palavra política e até mesmo o seu significado. Dificilmente em uma coluna exponho a minha opinião, sou focado na notícia, deixo a opinião com o leitor, mas alguns merecem ouvir a verdade e se colocar em seu devido lugar. Inclusive, seria bom parte do público saber o que acontece nos bastidores, no tratamento com a imprensa, onde alguns confundem as funções. O Jornal O Florense é uma empresa privada, e seu único objetivo é levar informação com credibilidade para a população. Não trabalhamos para partidos. Não tive o privilégio de conhecer todos os funcionários do Jornal O Florense, mas tenho certeza absoluta de que todos que vestiram a camisa deram o melhor de si, da mesma forma acontece com os que continuam até hoje, desde os jornalistas, até os colunistas, que se dedicam, de forma voluntária, para levar o que é mais importante para você, leitor e morador desta encantadora cidade: a informação. E por falar em informação, ainda fui informado de que em uma das mensagens mencionava-se que o jornal havia cometido uma sucessão de erros, e que o pior deles foi de que este meio de comunicação não estaria atuando de forma neutra e que haveria tomado partido. O Jornal O Florense sempre se manteve neutro, principalmente esta coluna que trata exclusivamente de política. Isenção deve ser o mínimo que um divulgador da política deve ter. Em outros governos se atuava da mesma forma na qual se escreve westa coluna, com muita dedicação, empenho, relacionamento institucional e, principalmente, respeito com todos os partidos, afinal, sou um democrata e defensor da pluralidade das vozes representativas da comunidade. Sabemos que, em alguns momentos, quem ocupa um cargo público tem por costume rotular os comunicadores com frases do tipo: ‘ele é contra mim, pois escreveu tal coisa’, o que não condiz com a verdade, e sim, apenas com ideias pessoais de quem não gosta de uma notícia que poderia, de certa forma, prejudicar uma imagem política. Os homens públicos ou os que entram para a vida pública têm que entender que seus atos podem ser elogiados, bem como criticados pela população, os meios de comunicação apenas noticiam. Não serão mensagens ofensivas que irão intimidar o trabalho da imprensa, muito pelo contrário, isso nos motiva a fazer um trabalho com cada vez mais informação e conteúdo de qualidade. A vida pública e os fatos políticos acontecem diariamente, independente da ocasião ser boa ou ruim, não adianta culpar o mensageiro por causa da mensagem. Quando recebi de alguns leitores, mensagens de pessoas comemorando o fechamento do jornal, me lembrei de uma palavra que conheci, que é de origem alemã, Schadenfreude. Shaden, de alegria, e freude, referente a dano. Um sentimento de prazer em ver a má sorte alheia. Para estas pessoas que estão torcendo pelo nosso fracasso, aviso que as notícias vão continuar, talvez de formas e formatos diferentes, mas terão continuidade. Para os torcedores do fracasso do Jornal O Florense, gostaria de lembrar da existência de uma palavra que se chama futuro, e que os julgamentos de hoje poderão ser os frutos colhidos amanhã. Independente da sigla partidária, foram inúmeros prefeitos que passaram e o jornal se manteve com o tempo. 
Mais do que noticiar, torcemos pelo progresso de nossa cidade, fomentamos e apoiamos o desenvolvimento, incluindo do atual governo, mesmo que alguns digam o contrário através de teorias mirabolantes. Prefeitos passam, partidos mudam, a política e a comunicação se transformam, o mundo muda a cada instante, mas a cidade e o desenvolvimento do município são prioritários. Talvez as edições das páginas mais lindas do jornal fossem as do centenário de Flores da Cunha, o registro da história e dos fatos políticos que por mais de três décadas foram perpetuados por este veículo. O Jornal Florense merece respeito e, acima de tudo, aplausos.