Roque Alberto Zin

Roque Alberto Zin

Opinião e Análise

Natural de Flores da Cunha, Roque Zin possui uma empresa de consultoria financeira em Caxias do Sul - a Majorem Engenharia Financeira. No meio acadêmico, Zin se destaca como bacharel em administração e é doutorando em finanças e professor da Universidade de Caxias do Sul desde 2001.

Na década de 80, Roque Zin foi tesoureiro da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e mais recentemente, – em 2004 – exerceu a mesma função no Hospital Nossa Sra. de Fátima.

Zin escreve colunas para O Florense desde fevereiro de 2002.

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Um bom ano

Os dados são parciais, mas os primeiros balanços divulgados pelas companhias abertas mostram que o ano de 2009...

Os dados são parciais, mas os primeiros balanços divulgados pelas companhias abertas mostram que o ano de 2009 confirmou a previsão do Presidente Lula: foi uma marolinha. Segundo a empresa Valor Data, os dados consolidados de 88 balanços já divulgados mostram que a divida liquida das empresas se manteve estável. No geral o faturamento caiu 2,3% e o lucro liquido teve queda de 7,2%. Porém, esse desempenho está ligado a queda das commodities dos setores mineradores e siderúrgicos. Nos demais setores a maioria das empresas aumentou seu faturamento e o lucro liquido quase dobrou. Outra avaliação interessante se refere ao aumento da eficiência deste grupo. O que pode ser constatado pela redução da margem bruta em 5,1 pontos percentuais, mas um aumento da margem operacional em relação ao ano anterior. Isso mostra o aumento da eficiência em busca da lucratividade. Poupança Aumentaram os depósitos na caderneta de poupança. Apesar dos pequenos poupadores representarem a grande maioria dos investidores, o número daqueles que possuem mais de 1 milhão depositados aumentou 30% em relação ao ano anterior. Esse movimento já havia sido previsto, tanto que as autoridades pensaram em taxar volumes acima de cinqüenta mil reais e depois recuaram. A poupança, com a isenção de impostos e com a livre movimentação, gera um resultado liquido que se torna mais atraente que outros investimentos tais como CDB e alguns fundos. A demagogia e a vergonha A Governadora aproveitou a Festa da Uva para visitar a região e tentar melhorar a sua imagem, mas parece que ela só faz isso em função dos votos e não consegue disfarçar a sua má vontade. No caso do “trevo da vergonha”, ele começou como prioridade do governo, depois só faltava a ordem de serviço para o DAER, em seguida o secretário visitou as obras e tudo indicava um final feliz. Depois ele foi condicionado a prorrogação dos pedágios, como esse projeto foi abortado a novela começou novamente. Em seguida, o governo estadual, estranhamente, reconheceu um débito de um bilhão de reais ao mesmo tempo em que coloca as rodovias pedagiadas a disposição do governo federal, que, obviamente não aceitou. Agora a governadora mostra toda a sua boa vontade com a região, se dispondo a marchar juntamente com a região sobre Brasília para conseguir fazer o trevo que era prioritário em seu governo. Nem Kafka pensaria num enredo assim. Começo a desconfiar que estamos pedindo demais, quem sabe mudamos o foco da campanha para: “Um semáforo urgente”. Talvez sejamos atendidos num ano eleitoral. Demagogia ou falta de memória? Na falta do que dizer sobre obras importantes para a região a governadora tem criado factóides. Em visita a serra gaúcha a governadora não perdeu a oportunidade de dizer que ela inaugurou a Rota do Sol. Será falta de memória ou mais um ato demagógico? O atual governo investiu 30 milhões de reais nessa rodovia. O governo anterior investiu 220 milhões. Números que constam na prestação de contas. Mas nas suas manifestações ela omite esses detalhes. Só faltou colocar entre suas realizações a alça de acesso do “trevo da vergonha” que foi paga com recursos privados.