Roque Alberto Zin

Roque Alberto Zin

Opinião e Análise

Natural de Flores da Cunha, Roque Zin possui uma empresa de consultoria financeira em Caxias do Sul - a Majorem Engenharia Financeira. No meio acadêmico, Zin se destaca como bacharel em administração e é doutorando em finanças e professor da Universidade de Caxias do Sul desde 2001.

Na década de 80, Roque Zin foi tesoureiro da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e mais recentemente, – em 2004 – exerceu a mesma função no Hospital Nossa Sra. de Fátima.

Zin escreve colunas para O Florense desde fevereiro de 2002.

Contatos

Turismo

Segundo dados da Organização Mundial de Turismo...

Segundo dados da Organização Mundial de Turismo (OMT), o turismo internacional deve crescer em torno de 5% no ano de 2011 e representará 11% do PIB mundia. Com isso, será responsável por 260 milhões de empregos. A expectativa é que o setor continue crescendo nos próximos anos com previsão de 1,6 bilhão de viajantes no ano de 2020. No ranking internacional, o Brasil fica em segundo lugar na América Latina, recebendo anualmente 5 milhões de visitantes. Muito distante do primeiro lugar que é o México, que recebe anualmente 20 milhões de turistas. Em termos percentuais, o Brasil recebe 0,5% do total de viajantes internacionais. Explorar este setor necessita de um planejamento que contemple principalmente a descentralização dos polos turísticos.
Estrutura
O Fórum Econômico Mundial elabora um índice de competitividade comparando 133 países. O estudo serve como um referencial para a realização de negócios e aponta aspectos que podem ser explorados e problemas que devem ser superados. Segundo o estudo, o Brasil está em segundo lugar no ranking de recursos naturais e em 14º no ranking de atrativos culturais. Quando a avaliação se volta para questões públicas, começamos a mostrar nossas deficiências. O Brasil fica em 110º lugar na avaliação da infraestrutura e em 130º na segurança pública. A Copa do Mundo e as Olimpíadas irão atrair um grande fluxo de turistas estrangeiros, porém, o retorno deles, bem como a “propaganda” que farão para amigos e conhecidos vai depender da superação destas dificuldades.
Nós
Olhando para nosso umbigo municipal, a situação é igual, senão pior. Temos recursos naturais, mas não temos estrutura. Há muito tempo deixamos de ter uma política de turismo. Desde que fechou a Pousada do Galo ficamos sem estrutura e, aos poucos, sem vontade política. Os eventos culturais se mantiveram, mas com o tempo foram sendo abandonados. Nossas tentativas de “vender” a cidade se resumem às feiras comerciais e à Fenavindima, o que dispensa maiores comentários.
Aprender
Por algum tempo, tivemos o discurso de planejamento turístico, mas como dizia Roberto Campos, muito planejamento e pouco “fazejamento”. Sistematicamente relegado a um nível inferior, a Secretaria de Turismo tem agora um secretário que conhece e sabe como fazer turismo. Municípios vizinhos mostram avanços. Bento Gonçalves, Cambará do Sul, Nova Petrópolis, deixando de lado Gramado e Canela, que estão anos-luz à frente. Alguns optaram pelo turismo de negócios, outros para eventos culturais, e assim por diante. Os exemplos estão aí próximos de nós, mas insistimos em não aprender. Mas temos uma usina de asfalto para mostrar aos turistas.