Roque Alberto Zin

Roque Alberto Zin

Opinião e Análise

Natural de Flores da Cunha, Roque Zin possui uma empresa de consultoria financeira em Caxias do Sul - a Majorem Engenharia Financeira. No meio acadêmico, Zin se destaca como bacharel em administração e é doutorando em finanças e professor da Universidade de Caxias do Sul desde 2001.

Na década de 80, Roque Zin foi tesoureiro da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e mais recentemente, – em 2004 – exerceu a mesma função no Hospital Nossa Sra. de Fátima.

Zin escreve colunas para O Florense desde fevereiro de 2002.

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Tributos

A carga tributária brasileira (soma da arrecadação com tributos federais, estaduais e municipais) alcançou 38,45% do PIB (Produto Interno Bruto) no primeiro trimestre de 2009, contra 38,95% em igual período de 2008, informou o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário - IBPT.

A carga tributária brasileira (soma da arrecadação com tributos federais, estaduais e municipais) alcançou 38,45% do PIB (Produto Interno Bruto) no primeiro trimestre de 2009, contra 38,95% em igual período de 2008, informou o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário - IBPT. É a primeira queda trimestral desde o início de 2006, quando o peso da arrecadação tributária sobre o PIB diminuiu 0,6 ponto porcentual em relação ao primeiro trimestre do ano anterior. Os efeitos recessivos da crise global e as desonerações promovidas pelo Governo Federal fizeram a carga tributária brasileira cair. Em contrapartida, a arrecadação teve crescimento de R$ 4 bilhões, já que foi de R$ 263,22 bilhões no primeiro trimestre deste ano e de R$ 259,22 bilhões em igual intervalo de 2008. O crescimento se deve ao aumento da arrecadação dos tributos estaduais (R$ 4,24 bilhões a mais) e municipais (R$ 300 milhões), já que o federal teve recuo de R$ 550 milhões. Maiores recuos Os tributos federais que apresentaram os maiores recuos de arrecadação no trimestre foram a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS, de R$ 3,22 bilhões, seguido pelo Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, de R$ 2,14 bilhões, e pela Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico, cobrado sobre os combustíveis - Cide, de R$ 1,87 bilhão. Os tributos que tiveram maior aumento nominal foram a contribuição previdenciária, Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores - IPVA, Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação - ITICMD e Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS. A queda vai de encontro à crise global, que fez reduzir a produção em muitas fábricas, principalmente no setor automobilístico, que é um dos maiores contribuintes no setor econômico brasileiro, além das medidas governamentais e o aumento da inadimplência dos contribuintes. Se o Governo não tomar providências e continuar perdendo a receita, a divida do PIB vai subir e, a crise aumentar. Esses dados justificam o silêncio sobre reforma tributária e a troca de discurso para corte de despesas. Serasa A crise financeira mundial está perdendo fôlego e o cenário econômico do país está melhorando. Com isso, 67% dos empresários do país estão revendo suas estimativas para terceiro trimestre deste ano. Apesar das revisões, a maioria (55%) afirma que manterá os investimentos nos patamares atuais. Os dados fazem parte da Pesquisa Serasa Experian de Expectativa Empresarial, realizada na segunda quinzena de junho com 1.010 empresas em todo o país de todos os setores e portes. Investimentos De acordo com o levantamento, 22% dos empresários aumentarão os investimentos para o terceiro trimestre, ao passo que 6% farão cortes e outros 17% vão esperar outro momento para fazê-los. A pesquisa ainda revelou que 44% dos empresários afirmaram que o faturamento registrado no segundo semestre ficou dentro do esperado, ao passo que 46% afirmaram que ficou abaixo e 10% acreditam que o faturamento ficou acima do esperado.